A Culpa é do Meu Marido: Como Lidar e Superar Conflitos no Casamento
A Culpa é do Meu Marido
O apartamento estava silencioso, excepto pelo tique-taque do relógio na parede da sala. Catarina sentava-se no sofá, as pernas cruzadas, o olhar fixo na janela. O céu estava cinzento, carregado de nuvens que prometiam chuva. Ela sentia o peso do silêncio, da distância que crescia entre ela e João. As discussões tinham-se tornado frequentes, e cada palavra trocada parecia cavar um abismo maior entre os dois.
João entrou na sala, as chaves batendo na mesa de centro. Ele olhou para ela, mas o olhar era frio, distante. Catarina sentiu um nó na garganta. Não era assim que as coisas deviam ser. Eles tinham-se amado, tinham-se prometido eternidade. Mas agora, tudo parecia desmoronar-se.
— Precisamos de falar — disse João, a voz grave, carregada de uma tensão que Catarina reconhecia demasiado bem.
Ela suspirou, levantando-se do sofá. — Fala então.
— Não posso continuar assim, Catarina. Estas discussões, esta distância… não é o que eu quero para nós.
Ela sentiu as lágrimas a ameaçarem, mas engoliu-as. — E o que é que tu queres, João? Porque eu já não sei.
Ele aproximou-se dela, os olhos a brilhar com uma intensidade que ela não via há semanas. — Eu quero-te, Catarina. Quero-nos. Mas temos de resolver isto.
Ela sentiu o coração a acelerar, o corpo a responder à proximidade dele. A tensão entre eles era palpável, carregada de desejo e de raiva, de amor e de frustração. João estendeu a mão, tocando-lhe o rosto. O toque foi suave, mas ela sentiu um arrepio a percorrer-lhe a espinha.
— Não podemos continuar a fugir disto — sussurrou ele, a voz rouca.
Catarina fechou os olhos, sentindo o calor do corpo dele a aproximar-se. Ela sabia que ele tinha razão. Tinham de enfrentar o que estava a afastá-los, tinham de lidar com os conflitos que os consumiam. Mas, naquele momento, tudo o que ela queria era sentir-se perto dele, sentir-se amada.
João inclinou-se, os lábios a encontrarem os dela num beijo que foi ao mesmo tempo suave e intenso. Catarina respondeu, as mãos a agarrarem-lhe a camisa, puxando-o para mais perto. O beijo aprofundou-se, a paixão a explodir entre eles como uma chama que há muito estava adormecida.
Ele levou-a para o quarto, os corpos entrelaçados, as roupas a caírem no chão. Cada toque, cada carícia, era uma promessa, um pedido de perdão, uma tentativa de reconexão. Catarina sentiu-se a perder-se nele, a render-se ao desejo que sempre os unira.
— Eu amo-te — sussurrou João, os lábios a percorrerem-lhe o pescoço.
— Eu também te amo — respondeu ela, as palavras a misturarem-se com os gemidos.
Naquele momento, nada mais importava. Os conflitos, as discussões, a distância… tudo desapareceu, substituído pelo calor dos corpos, pela intensidade da paixão. Eles sabiam que ainda tinham muito para resolver, que o caminho não seria fácil. Mas, naquele instante, estavam unidos, conectados de uma forma que só o amor e o desejo podiam proporcionar.
E, enquanto a chuva começava a cair lá fora, Catarina e João encontraram-se novamente, redescobrindo o que os unira desde o início. A culpa, os conflitos, as mágoas… tudo isso podia esperar. Porque, naquele momento, o que importava era o amor que ainda os mantinha juntos.