Descubra os Melhores AltareS: Inspirações e Significados para o Seu Espaço Sagrado
Era uma tarde quente de verão quando Clara entrou naquela loja antiga, escondida numa ruela estreita de Lisboa. O cheiro a madeira envelhecida e incenso envolvia-a, transportando-a para um lugar que parecia fora do tempo. Estava à procura de algo especial, um altar que pudesse transformar o seu quarto num espaço sagrado, um refúgio onde pudesse conectar-se consigo mesma e com o divino.
O dono da loja, um homem de cabelos grisalhos e olhos profundos, observou-a com um sorriso discreto. “Posso ajudar?” perguntou, a voz suave como o murmúrio de um rio. Clara sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Explicou o que procurava, e ele acenou com a cabeça, levando-a para o fundo da loja, onde os altares estavam dispostos como tesouros à espera de serem descobertos.
Havia um que chamou imediatamente a sua atenção. Era uma peça de madeira escura, esculpida com motivos intrincados que pareciam contar uma história antiga. No centro, havia um espaço vazio, como se estivesse à espera de ser preenchido. “Este é especial,” disse o homem, os dedos a deslizar sobre a superfície polida. “Foi feito para ser mais do que um altar. Foi feito para ser um espelho da alma.”
Clara sentiu-se atraída por ele, como se a peça a estivesse a chamar. Decidiu levá-lo para casa, e o homem ajudou-a a carregá-lo para o carro, os dedos dele a roçar os dela num toque que deixou a pele dela a arder.
Naquela noite, Clara montou o altar no seu quarto, colocando velas, cristais e uma pequena estátua de uma deusa no espaço central. Acendeu as velas e sentou-se à frente dele, fechando os olhos para meditar. Mas, em vez de paz, sentiu uma onda de desejo a invadi-la, tão intensa que a fez abrir os olhos de repente.
Foi então que o viu. O homem da loja estava ali, no quarto, mas não era o mesmo. Era mais jovem, mais vibrante, e os olhos dele brilhavam com uma luz que parecia vir de dentro. “Clara,” sussurrou, a voz ecoando no espaço entre eles. “O altar não é só para o divino. É para o que há de mais sagrado em ti.”
Ela não conseguiu resistir. Levantou-se, e ele aproximou-se, os corações deles a baterem em uníssono. O primeiro toque foi suave, como o bater das asas de uma borboleta, mas rapidamente se transformou num fogo que consumiu os dois. As mãos dele exploraram o corpo dela com uma reverência que a fez sentir-se como uma deusa, e ela respondeu com uma paixão que nunca antes tinha conhecido.
Naquela noite, o quarto de Clara transformou-se num verdadeiro espaço sagrado, não só pela presença do altar, mas pela conexão profunda que ela descobriu dentro de si mesma. E quando o amanhecer chegou, o homem desapareceu, deixando apenas o altar e a memória do que tinha sido uma noite de pura magia.