Branca de Neve Ataca Novamente: O Retorno da Princesa Mais Ousada
Era uma vez, num reino distante, onde os bosques eram densos e os segredos mais profundos do que os desfiladeiros das montanhas, que Branca de Neve regressou. Não a princesa inocente de outrora, mas uma mulher audaz, que havia aprendido a dominar os seus desejos e a usá-los como arma. A sua fama correra o reino: a princesa mais ousada, a que desafiava as convenções e seduzia sem pudor.
Naquela noite, o castelo estava envolto em silêncio, apenas interrompido pelo som do vento a dançar pelas torres. Branca de Neve, vestida num vestido negro que parecia feito de sombras, deslizava pelos corredores como um fantasma. Os seus olhos, tão negros como o seu traje, brilhavam com uma luz perigosa. Ela sabia que o seu alvo estava ali, à sua espera, tal como ela o planeara.
O príncipe, que outrora a resgatara com um beijo, estava sentado à lareira, absorto nos seus pensamentos. Mal sabia ele que a mulher que entrara pela porta não era a mesma que partira. Branca de Neve aproximou-se em silêncio, os seus passos tão leves que nem o eco os capturava. Quando ele finalmente a viu, foi como se o tempo parasse.
“Branca de Neve?” perguntou ele, a voz carregada de surpresa e algo mais, algo que ela reconheceu imediatamente: desejo.
“Sim, meu príncipe,” respondeu ela, com um sorriso que era ao mesmo tempo doce e perigoso. “Mas não a Branca de Neve que conheces.”
Ela aproximou-se mais, a sua presença a envolver o ar como uma névoa quente. O príncipe sentiu-se incapaz de se mover, preso na teia que ela tecera com os seus olhos e o seu sorriso. Branca de Neve colocou uma mão no seu rosto, os dedos a percorrerem a linha do seu queixo com uma leveza que o fez estremecer.
“O que queres?” perguntou ele, a voz agora um sussurro rouco.
“Tudo,” respondeu ela, e então os seus lábios encontraram os dele num beijo que era fogo e gelo, paixão e dominação. O príncipe rendeu-se, as suas mãos a percorrerem o corpo dela como se tentassem memorizar cada curva, cada detalhe.
Branca de Neve conduziu-o para o chão, os seus corpos a entrelaçarem-se numa dança tão antiga como o tempo. Ela era a rainha daquela noite, e ele, o seu súbdito, entregava-se de corpo e alma. Cada toque, cada suspiro, era uma afirmação do poder que ela agora detinha.
Quando o amanhecer começou a despontar no horizonte, Branca de Neve deixou o príncipe adormecido, um sorriso de satisfação nos lábios. Ela sabia que a sua lenda continuaria a crescer, e que o reino nunca mais seria o mesmo. A princesa mais ousada havia regressado, e o seu apetite por aventura e prazer era insaciável.
E assim, Branca de Neve desapareceu nas sombras, pronta para a próxima noite, o próximo desafio, o próximo amante. O seu conto estava longe de terminar, e o mundo nunca mais seria capaz de a esquecer.