Casada Fiel Cedendo à Tentação: Seduzida, Quase Me Entreguei – Parte 1

O sol começava a descer, tingindo o céu de tons quentes de laranja e rosa, quando Sofia entrou no café. Era um lugar pequeno, aconchegante, com um aroma a café fresco que se misturava ao doce cheiro de bolos recém-saídos do forno. Ela sentou-se num canto, perto da janela, e pediu um chá. Estava ali para trabalhar, para se distrair, para fugir um pouco da rotina que a consumia há anos. Casada há uma década, Sofia era conhecida por ser fiel, dedicada, a esposa perfeita. Mas algo dentro dela começava a agitar-se, uma inquietação que não conseguia ignorar.

Foi então que ele entrou. Marco. Alto, de olhos verdes que pareciam penetrar a alma, e um sorriso que era ao mesmo tempo inocente e perigoso. Sentou-se na mesa ao lado dela, abriu o portátil e começou a trabalhar. Sofia tentou ignorá-lo, concentrar-se no seu livro, mas os olhos dela eram traidores. De vez em quando, olhava para ele, disfarçadamente, sentindo um calor estranho a subir-lhe pelo corpo.

Ele notou. Claro que notou. E, num momento de ousadia, virou-se para ela e disse:
— Desculpe, mas não consigo evitar. Está a ler o meu livro preferido.

Sofia sorriu, nervosa, sentindo o coração a acelerar.
— É mesmo? Adoro este autor.

A conversa fluía naturalmente, como se se conhecessem há anos. Marco era inteligente, engraçado, e tinha uma maneira de olhar para ela que a fazia sentir-se desejada de uma forma que há muito não sentia. Quando ele sugeriu que fossem tomar um copo noutro lugar, ela hesitou. Sabia que não devia, que estava a cruzar uma linha perigosa. Mas a tentação era forte, demasiado forte.

No bar, os copos de vinho ajudaram a soltar as línguas. Marco contou histórias que a fizeram rir, e Sofia sentiu-se leve, como se tivesse voltado a ser a mulher jovem e livre que era antes do casamento. Quando ele lhe tocou levemente no braço, ela sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha.

— Sofia, — disse ele, a voz baixa e carregada de intenção, — há algo em ti que me atrai desde o momento em que te vi.

Ela olhou para ele, os lábios a tremer, o coração a bater descontroladamente. Sabia que devia ir-se embora, que devia pôr um ponto final naquilo. Mas, em vez disso, inclinou-se para ele, os lábios quase a tocarem-se.

— Eu também, — sussurrou, antes de se afastar, o rosto corado, o corpo a arder de desejo.

Naquela noite, ao voltar para casa, Sofia sentiu-se dividida entre a culpa e a excitação. Sabia que tinha estado à beira de ceder, de se entregar a algo que poderia mudar a sua vida para sempre. E, no fundo, sabia que aquela era apenas a primeira parte de uma história que estava longe de acabar.