Como Lidar com um Colega de Trabalho Pela Primeira Vez: Guia Essencial (1/3)
O escritório estava quase vazio quando Sofia se sentou à sua mesa, tentando concentrar-se no relatório que precisava de entregar até ao final do dia. O ar condicionado zumbia suavemente, mas o calor do verão parecia persistir, fazendo com que a sua blusa branca colasse ligeiramente à pele. Ela ajustou o cabelo castanho, prendendo-o num rabo de cavalo solto, e respirou fundo. Era o seu primeiro dia no novo emprego, e tudo ainda parecia um pouco estranho.
Foi então que ele entrou na sala. Pedro, o colega de quem lhe tinham falado durante a orientação. Alto, com olhos verdes que pareciam captar a luz do sol que entrava pelas janelas, ele usava uma camisa azul-clara que destacava o tom bronzeado da sua pele. Sofia sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha quando ele se aproximou, com um sorriso descontraído.
“Olá, és a Sofia, certo?” perguntou ele, a voz suave mas firme. Ela assentiu, tentando manter a compostura. “Sou o Pedro. Vamos trabalhar juntos no projeto de marketing.”
Ela estendeu a mão para cumprimentá-lo, mas o toque das suas mãos foi mais do que um simples aperto. Havia uma energia ali, uma tensão que Sofia não conseguiu ignorar. Os dedos dele eram quentes, e o olhar que lhe lançou era intenso, como se estivesse a tentar decifrá-la.
Ao longo do dia, os momentos de contacto foram-se tornando mais frequentes. Um toque casual no ombro quando ele se inclinava para lhe mostrar algo no ecrã do computador, uma risada partilhada que os deixava mais próximos do que o necessário. Sofia tentava ignorar a atração que sentia, mas era difícil quando ele parecia estar sempre tão perto, o seu perfume suave a envolvê-la.
Na hora de almoço, Pedro sugeriu que fossem comer algo juntos. “Há um sítio novo ali na esquina. Dizem que é bom”, disse ele, com um brilho nos olhos que ela não conseguiu recusar. Sentados à mesa, a conversa fluiu naturalmente, e Sofia descobriu-se a rir mais do que tinha rido nos últimos tempos. Pedro era engraçado, inteligente e, acima de tudo, irresistivelmente confiante.
Quando regressaram ao escritório, o ar entre eles parecia mais carregado do que nunca. Pedro fechou a porta do gabinete atrás de si, e Sofia sentiu o coração acelerar. Ele aproximou-se lentamente, os olhos fixos nela.
“Sofia”, sussurrou ele, a voz rouca. “Não consigo parar de pensar em ti desde que te vi esta manhã.”
Ela não respondeu, mas o olhar que lhe devolveu foi suficiente. Ele inclinou-se, os lábios quase a tocarem os dela, e ela sentiu o calor a espalhar-se pelo corpo. Quando finalmente se beijaram, foi como se todo o ar tivesse sido sugado da sala. O toque dos seus lábios era suave, mas firme, e Sofia sentiu-se a derreter nas suas mãos.
As mãos dele deslizaram para a sua cintura, puxando-a para mais perto, e ela deixou-se levar, esquecendo por completo que estavam no trabalho. O mundo exterior desapareceu, e tudo o que importava era a sensação dos seus corpos juntos, a intensidade do momento.
Quando se separaram, ambos estavam sem fôlego. Pedro sorriu, os olhos ainda carregados de desejo. “Acho que isto vai ser um projecto interessante”, disse ele, com um tom de brincadeira na voz.
Sofia riu, sentindo-se mais viva do que nunca. Sabia que lidar com um colega de trabalho assim seria um desafio, mas estava disposta a enfrentá-lo. Afinal, algumas coisas eram simplesmente inevitáveis.