Conto 004 – Tua Vez: Descobre a História que Todos Falam

Conto 004 – Tua Vez: Descobre a História que Todos Falam

O sol começava a descer, tingindo o céu de tons quentes de laranja e rosa, quando Sofia entrou no pequeno café à beira-mar. O local era discreto, quase escondido, mas o murmúrio constante de vozes e o olhar cúmplice dos clientes sugeriam que ali se partilhava mais do que apenas café. Sentou-se num canto, o seu vestido de seda deslizando suavemente sobre as pernas, enquanto observava o movimento à sua volta.

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“É a tua vez”, sussurrou uma voz ao seu ouvido. Era João, o dono do café, que lhe entregou um envelope selado com um sorriso enigmático. Sofia abriu-o com mãos trémulas, encontrando dentro um bilhete com uma única frase: *”Descobre a história que todos falam.”*

Intrigada, levantou-se e seguiu as instruções discretas no verso do papel. O caminho levou-a a uma porta no fundo do café, que abriu para uma escada estreita. Cada degrau que descia parecia transportá-la para um mundo mais íntimo, mais proibido. No fundo, uma sala iluminada por velas esperava-a, com paredes adornadas por quadros sensuais e um grande espelho no centro.

Foi então que ele apareceu. Marco, alto, com olhos que pareciam ler a sua alma, aproximou-se dela com uma confiança que a fez estremecer. “Sofia”, disse, o seu nome soando como uma promessa. “Sabias que este lugar é conhecido por histórias que nunca são contadas em voz alta? Histórias de desejo, de entrega, de descoberta.”

Ela sentiu o calor subir-lhe ao rosto, mas não recuou. Marco estendeu a mão, e ela aceitou, deixando-se guiar até ao centro da sala. O toque dele era firme, mas gentil, e quando ele a puxou para perto, Sofia sentiu o coração acelerar. “É a tua vez”, repetiu ele, os lábios a roçarem o seu ouvido. “Deixa-te levar.”

As mãos dele deslizaram pelo seu corpo, desvendando-a como se fosse uma obra de arte preciosa. O vestido caiu ao chão, e Sofia sentiu-se exposta, mas não envergonhada. Havia algo na forma como ele a olhava que a fazia sentir-se adorada, desejada. Quando os lábios dele finalmente encontraram os seus, foi como se todas as histórias que ouvira sobre aquele lugar ganhassem vida.

Marco conduziu-a até ao espelho, onde a imagem deles refletida era uma dança de corpos entrelaçados. “Vê”, murmurou ele, enquanto as mãos exploravam cada curva, cada recanto do seu ser. “Esta é a história que todos falam. A história do prazer, da entrega, da descoberta de si mesma.”

E Sofia entregou-se, deixando-se levar pela corrente de sensações que ele despertava nela. Naquele momento, compreendeu que a verdadeira história não era apenas sobre o que acontecia naquela sala, mas sobre o que ela descobria dentro de si. E quando o êxtase a envolveu, soube que nunca mais seria a mesma.