Descubra Como Dando Pro Homem Que Limpa o Terreno Pode Facilitar Sua Vida
Num pequeno vilarejo, onde o tempo parecia estagnado, vivia Sofia, uma mulher de trinta e poucos anos, viúva há dois. A sua casa, herdada do falecido marido, era rodeada por um terreno vasto, mas negligenciado. As ervas daninhas cresciam descontroladas, e as árvores antigas pareciam querer invadir o espaço que outrora fora bem cuidado. Sofia, porém, não tinha nem o tempo nem a força para lidar com aquilo tudo. O trabalho na cidade consumia-lhe os dias, e as noites eram passadas em solidão, com apenas um copo de vinho e um livro como companhia.
Até que, numa manhã de sábado, um homem apareceu à sua porta. Era João, o novo trabalhador contratado pela junta de freguesia para limpar os terrenos abandonados. Alto, de ombros largos e mãos calejadas, ele tinha um ar rústico que contrastava com o seu sorriso tímido. Os olhos castanhos pareciam esconder histórias que Sofia mal podia imaginar.
— Boa tarde, senhora. Vim limpar o terreno — disse ele, com uma voz grave que ecoou no silêncio da manhã.
Sofia, surpreendida, concordou. Observou-o enquanto ele começava o trabalho, cortando as ervas daninhas com uma precisão que só anos de experiência poderiam proporcionar. O sol batia-lhe nas costas, destacando os músculos que se moviam sob a camisa suada. Sofia sentiu algo que há muito não sentia: um calor que não vinha do sol.
À medida que os dias passavam, João tornou-se uma presença constante. Sofia começou a preparar-lhe um café quando ele chegava, e as conversas breves transformaram-se em diálogos mais longos. Descobriu que ele era viúvo também, que tinha uma filha que vivia noutra cidade, e que gostava de ler poesia nas horas vagas. Havia uma sensibilidade nele que a surpreendia, escondida sob aquela aparência robusta.
Num dia particularmente quente, Sofia trouxe-lhe um copo de água fresca. Ele agradeceu, bebendo de um só gole, e depois olhou-a fixamente.
— Está sempre a cuidar de mim, senhora Sofia — disse ele, com um tom que fez o coração dela acelerar.
— E se eu quiser cuidar de si de outra forma? — respondeu ela, sem pensar, os lábios tremendo ligeiramente.
João hesitou por um momento, mas depois aproximou-se dela. As mãos dele, ainda sujas de terra, tocaram-lhe o rosto com uma ternura que a fez suspirar. O beijo que se seguiu foi lento, mas intenso, como se ambos estivessem a descobrir algo que há muito procuravam.
A partir daquele dia, o terreno não foi o único a ser cuidado. João continuou o seu trabalho, mas as pausas tornaram-se mais frequentes, e os encontros mais íntimos. Sofia descobriu que, ao entregar-se a ele, não só o terreno florescia, mas também a sua vida. A solidão desapareceu, substituída por uma paixão que a fez sentir-se viva de novo. E, no fim de cada dia, quando o sol se punha, ela sabia que tinha encontrado mais do que um homem para limpar o terreno — tinha encontrado alguém para partilhar a vida.