Demorei Mas Comi Minha Colega de Trabalho: Como Lidar com Relações Profissionais Complexas
Era uma tarde quente de verão quando tudo começou. O escritório estava quase vazio, apenas eu e a Sofia, a minha colega de trabalho, estávamos a terminar um relatório urgente. O ar condicionado parecia ter desistido de funcionar, e o calor tornava o ambiente mais denso, mais íntimo. Há meses que trocávamos olhares discretos, sorrisos ambíguos, mas nunca tínhamos cruzado aquela linha invisível que separa o profissional do pessoal.
Ela estava sentada à minha frente, o cabelo castanho preso num rabo-de-cavalo desleixado, mas alguns fios teimosos caíam-lhe sobre o rosto. Observava-a enquanto ela digitava no computador, os seus dedos ágeis a dançarem sobre o teclado. De repente, ela olhou para mim e sorriu, um sorriso que parecia carregado de segredos.
“Estás a olhar para mim há algum tempo”, disse ela, com um tom de voz suave, quase provocador.
“Desculpa”, respondi, tentando disfarçar o desconforto. “É que estás muito bonita hoje.”
Ela riu, um som que me fez sentir quente por dentro. “Hoje? Ou sempre?”
Foi então que percebi que já não havia volta a dar. O ambiente estava carregado de tensão, e ambos sabíamos que algo estava prestes a acontecer. Levantei-me da cadeira e aproximei-me dela, os meus passos ecoando no silêncio do escritório. Ela não se mexeu, apenas continuou a olhar para mim, os seus olhos verdes a brilhar com uma mistura de curiosidade e desejo.
Quando cheguei ao seu lado, coloquei a mão no encosto da sua cadeira e inclinei-me para a frente, os nossos rostos tão próximos que podia sentir o calor da sua respiração. “Sofia”, sussurrei, o meu coração a bater mais rápido. “Já não consigo mais ignorar isto.”
Ela não respondeu com palavras. Em vez disso, puxou-me para ela, os nossos lábios encontrando-se num beijo que foi ao mesmo tempo doce e ardente. Foi como se todos os meses de tensão acumulada se libertassem naquele momento. As nossas línguas dançaram, as nossas mãos exploraram, e o escritório deixou de existir.
Levantámo-nos, e eu empurrei-a suavemente contra a parede, os nossos corpos a pressionarem-se um contra o outro. Ela soltou um gemido baixo quando os meus lábios encontraram o seu pescoço, e as suas mãos agarravam-me as costas, puxando-me ainda mais para ela. Era impossível parar, impossível pensar. Tudo o que importava era o momento, o desejo que nos consumia.
Quando finalmente nos separámos, ambos estávamos sem fôlego, os nossos corpos ainda a tremer com a intensidade do que tinha acabado de acontecer. Sofia olhou para mim, os seus olhos cheios de uma mistura de prazer e preocupação.
“E agora?”, perguntou ela, a sua voz suave mas carregada de incerteza.
“Vamos descobrir”, respondi, sabendo que, apesar de todas as complicações que isto poderia trazer, não havia como voltar atrás. O que quer que acontecesse a seguir, valeria a pena.