Desejos de Corno Ep.1 – Parte 2: Descubra o Desenrolar Desta História Impactante
Num bairro tranquilo de Lisboa, o silêncio da noite era apenas quebrado pelo som distante de um fado que ecoava de um café ao fundo da rua. Pedro, sentado no sofá da sala, tentava concentrar-se num livro, mas os pensamentos não lhe davam tréguas. A imagem de Sofia, a sua esposa, a rir-se com outro homem, martelava-lhe a mente desde aquela tarde.
Ele sabia que o colega de trabalho dela, o tal Miguel, não era apenas um amigo. Havia algo mais naqueles olhares trocados, na forma como ele a tocava casualmente, como se fossem cúmplices de um segredo que Pedro ainda não tinha descoberto. E, no entanto, em vez de raiva, sentia algo que o perturbava ainda mais: uma excitação que não conseguia controlar.
Sofia chegou a casa tarde, como tinha avisado. Trazia o cabelo desarrumado e um sorriso nos lábios que Pedro não via há semanas. “Desculpa o atraso”, disse ela, deixando cair o casaco no chão. “O trabalho está a ser uma loucura.”
Pedro não respondeu. Observou-a enquanto ela se movia pela sala, os seus passos leves, o vestido que lhe colava ao corpo de uma forma que parecia propositada. “Estás bem?”, perguntou ela, aproximando-se dele. O seu perfume envolveu-o, e ele sentiu um calor subir-lhe pelo corpo.
“Estou”, murmurou, mas a voz saiu rouca, quase desconhecida. Sofia sentou-se ao seu lado, as pernas cruzadas, e ele não conseguiu evitar olhar para o decote do vestido, para a pele macia que ali se revelava. “Pedro”, ela sussurrou, colocando uma mão no seu joelho. “Há algo que eu preciso de te contar.”
O coração dele acelerou. Sabia o que ia ouvir, e, ainda assim, não estava preparado. “O que foi?”, perguntou, tentando manter a calma.
Sofia hesitou, os olhos a evitarem o seu. “Eu… eu e o Miguel…”, começou, mas Pedro não a deixou terminar. Agarrou-a pelos ombros e puxou-a para si, os lábios a encontrarem os dela num beijo apaixonado, desesperado. Sofia surpreendeu-se, mas não resistiu. Deixou-se levar, as mãos a agarrarem-lhe o cabelo, o corpo a pressionar-se contra o dele.
Quando se separaram, ambos estavam ofegantes. “Não me importo”, disse Pedro, a voz carregada de desejo. “Quero saber tudo. Quero que me contes cada detalhe.”
Sofia olhou para ele, os olhos cheios de uma mistura de surpresa e excitação. “A sério?”, perguntou, e ele assentiu, as mãos a deslizarem pelo seu corpo, a explorarem cada curva, cada recanto que já conhecia de cor, mas que agora parecia novo, proibido.
E, naquela noite, enquanto o fado continuava a tocar lá fora, Pedro descobriu que os seus desejos mais obscuros podiam ser tão intensos quanto a dor que os tinha despertado.