É Viciante Ser Corno? Descubra os Segredos por Trás Dessa Fascinação
O sol já se punha quando Marco entrou em casa, o coração acelerado. As pistas vinham-se acumulando há semanas: os olhares trocados, os telefonemas silenciosos, o perfume estranho no pescoço dela. Ele não queria acreditar, mas algo dentro dele insistia em saber mais. E, naquela noite, decidiu seguir Carla.
A rua estava silenciosa, e o apartamento de Paulo, o colega de trabalho dela, parecia uma caixa de segredos pronta a ser aberta. Marco estacionou o carro a uma distância segura, o estômago embrulhado, mas uma excitação estranha a crescer-lhe nas entranhas. Subiu as escadas em silêncio, o coração a martelar-lhe o peito. A porta estava entreaberta, e ele parou, imóvel, a escutar.
Os gemidos eram suaves, mas inconfundíveis. Carla estava ali, no quarto, e a voz de Paulo era um murmúrio carregado de desejo. Marco sentiu um nó na garganta, mas os seus olhos não se desviavam da fresta da porta. A visão era nítida: Carla, de costas arqueadas, os dedos de Paulo a percorrerem-lhe a pele como se fossem os únicos donos dela. Marco sentiu o sangue a ferver, uma mistura de raiva e excitação a consumi-lo.
Ele devia entrar, devia gritar, devia pôr fim àquilo. Mas os pés pareciam pregados ao chão, e as mãos tremiam ao lado do corpo. Em vez disso, ficou ali, a observar, a sentir-se mais vivo do que nunca. Cada gemido de Carla era uma facada e um prazer ao mesmo tempo, cada movimento de Paulo uma humilhação e uma vitória. Marco percebeu, então, que aquela dor era viciante. Era como se, ao ver Carla com outro, ele a possuísse de uma forma que nunca tinha conseguido antes.
Os dias seguintes foram um turbilhão. Marco começou a provocar situações, a deixar pistas para que Carla soubesse que ele sabia. E ela, com um sorriso travesso, continuava. Era um jogo perigoso, mas ambos pareciam alimentar-se dele. Marco começou a fantasiar com outros homens a tocarem-na, a imaginá-la a ser desejada por todos, menos por ele. E, cada vez que ela chegava a casa, ele beijava-a com uma intensidade que nunca tinha sentido, como se quisesse reivindicar o que era dele, mesmo sabendo que já não era só dele.
Uma noite, Carla chegou mais tarde do que o habitual. Marco estava sentado no sofá, o coração a bater descompassado. Ela entrou, os olhos brilhantes, o cabelo desalinhado. Sem dizer uma palavra, aproximou-se dele, os lábios a curvarem-se num sorriso que ele conhecia demasiado bem.
“Sabes, não?”, perguntou ela, a voz suave como seda.
Marco assentiu, os dedos a apertarem-se nos braços do sofá. Carla ajoelhou-se à sua frente, as mãos a deslizarem pelas suas pernas.
“E gostas, não é?”, sussurrou, os olhos a fixarem-se nos dele.
Ele não respondeu, mas o corpo traiu-o. Carla sorriu, satisfeita, e começou a desabotoar-lhe a camisa. Marco deixou-se levar, a mente a vaguear para onde ela tinha estado, para quem a tinha tocado. E, quando ela o levou ao êxtase, ele soube que estava perdido. Era viciante, aquela dor, aquela humilhação, aquela excitação. E ele já não queria escapar.