Indevida – III: Tudo o que Precisa Saber Sobre este Tema em Destaque
A sala estava envolta numa penumbra quente, apenas iluminada pelo reflexo da lua que se esgueirava por entre as cortinas de seda. Sofia sentia o coração acelerado, as mãos trémulas a apertarem o tecido do vestido que lhe cobria as curvas. Ele estava ali, a poucos passos, o olhar intenso como o de um predador a avaliar a sua presa.
“Sabes que isto está errado, não sabes?” murmurou ela, a voz quase um sussurro, enquanto ele se aproximava, os passos silenciosos mas carregados de intenção.
“Errado?” repetiu ele, a voz rouca, os lábios curvando-se num sorriso lento. “Ou apenas inevitável?”
Sofia sentiu o ar faltar-lhe quando ele a encostou à parede, o corpo dele quente e sólido contra o dela. As mãos dele deslizaram pelo seu corpo, explorando cada curva, cada recanto como se fossem territórios a conquistar. Ela tentou resistir, mas o desejo era mais forte, mais urgente, e o seu corpo traiu-a, arqueando-se contra ele.
“Tudo o que precisas saber,” sussurrou ele, os lábios a roçarem-lhe o pescoço, “é que isto nunca foi sobre o que é certo ou errado. Foi sempre sobre isto.”
E então ele beijou-a, e Sofia sentiu-se a afogar-se num mar de sensações, o mundo a desfocar-se à sua volta. As mãos dele despiram-na lentamente, cada peça de roupa a cair no chão como uma barreira a ser derrubada. Quando finalmente estavam nus um diante do outro, Sofia sentiu-se exposta, vulnerável, mas também poderosa, como se tivesse sido libertada de alguma cadeia invisível.
Ele levou-a para a cama, os lençóis frescos contra a sua pele quente. Cada toque, cada carícia era uma promessa, uma confissão silenciosa de um desejo que ambos tinham tentado negar. Quando ele finalmente a penetrou, Sofia soltou um gemido baixo, as unhas a cravar-se-lhe nas costas. Era uma sensação indescritível, uma mistura de dor e prazer que a levou ao limite.
“És minha,” murmurou ele, os olhos a encontrarem os dela, e Sofia sabia que era verdade. Não importava o quão errado isto pudesse ser, não importava as consequências. Naquele momento, eles eram apenas dois corpos, duas almas a colidirem numa explosão de paixão e desejo.
E quando o orgasmo a atingiu, Sofia sentiu-se a cair, a voar, a perder-se num abismo de pura, incontrolável emoção. Ele segurou-a, os braços fortes a envolvê-la, e ela soube que, por mais que tentassem negar, isto era o que ambos precisavam. Errado ou não, era inevitável. E, naquele momento, era tudo o que importava.