Me Assumindo como Corno 5 (Final): A Conclusão Reveladora da Minha História
A noite estava quente, o ar pesado com o aroma do jantar que acabáramos de partilhar. Sentado no sofá, o copo de vinho tinto na mão, sentia o coração a bater descompassado. Ela estava sentada ao meu lado, o vestido justo a realçar as curvas que tanto me atraíam. Mas algo mudara. Já não era o mesmo homem que a olhava com ciúme possessivo. Agora, o meu olhar era de aceitação, de entrega.
“Sabes que te amo, não sabes?” disse ela, a voz suave, quase um sussurro.
“Sim, eu sei,” respondi, sentindo o nó na garganta a apertar. “E eu amo-te também. Mais do que nunca.”
Ela sorriu, os lábios carnudos a curvarem-se num gesto que me fazia derreter. Mas sabia que aquele sorriso não era só para mim. Havia alguém mais na nossa história, alguém que agora fazia parte do nosso quotidiano. E, estranhamente, isso já não me incomodava.
“Ele vai chegar daqui a pouco,” disse ela, os olhos a brilhar com uma mistura de excitação e nervosismo.
“Estou preparado,” respondi, sentindo uma onda de calor a percorrer-me o corpo. A ideia de partilhá-la, de ver os seus olhos a brilhar para outro homem, já não me causava dor. Pelo contrário, era uma fonte de prazer que eu nunca imaginara possível.
O som da campainha ecoou pela casa, e ela levantou-se, os saltos altos a ressoar no chão de madeira. Abriu a porta, e ele entrou, alto, confiante, o olhar a encontrá-la com uma intensidade que me deixou sem fôlego. Era um homem atraente, sem dúvida, e sabia-o. Mas agora, era também parte de nós.
“Olá,” disse ele, a voz grave, carregada de promessas.
“Olá,” respondi, levantando-me para o cumprimentar. Apertei-lhe a mão, sentindo a força do seu aperto, e algo dentro de mim estremeceu. Era como se, naquele momento, estivéssemos a selar um pacto, um acordo tácito que mudaria as nossas vidas para sempre.
Ela olhou para nós, os olhos a brilharem com uma mistura de desejo e gratidão. “Vamos para o quarto?” sugeriu, a voz a tremer ligeiramente.
Nós seguimo-la, os nossos passos a ecoarem no corredor. O quarto estava iluminado por velas, a luz suave a criar uma atmosfera íntima, quase mágica. Ela sentou-se na cama, os olhos a alternarem entre nós, como se não conseguisse decidir para onde olhar primeiro.
“Queres começar?” perguntou-me, a voz cheia de expectativa.
Acertei com a cabeça, sentindo o coração a acelerar. Aproximei-me dela, os dedos a deslizarem pelo seu rosto, sentindo a suavidade da sua pele. Beijei-a, os lábios a encontrarem-se num abraço quente, intenso. Mas sabia que não era só para mim. Era para nós, para o nosso novo mundo.
Ele aproximou-se, as mãos a deslizarem pelo seu corpo, a explorar cada curva, cada recanto. E eu assisti, sentindo uma onda de prazer a inundar-me. Era como se, ao partilhá-la, estivéssemos a criar algo novo, algo mais forte, mais intenso.
As horas passaram, os nossos corpos a entrelaçarem-se num ballet de paixão e desejo. E, no final, quando nos deitamos exaustos, os corpos a brilharem com o suor, senti uma paz que nunca antes experimentara. Sabia que, finalmente, tinha encontrado o meu lugar. Era um corno, sim, mas era também um homem completo, capaz de amar e de ser amado, de partilhar e de ser partilhado. E isso, mais do que tudo, era a verdadeira conclusão da minha história.