Meu Namorado Me Traiu na Viagem (Gay) – Parte 01: Descubra o Que Aconteceu
O sol já se punha sobre a cidade de Lisboa quando Pedro regressou a casa, após uma semana de viagem de trabalho. A mala ainda na mão, abriu a porta com um sorriso cansado, ansioso por reencontrar o seu namorado, Miguel. No entanto, o silêncio que o recebeu era estranho, quase opressivo.
“Miguel?” chamou, deixando a mala no chão. Nenhuma resposta.
Subiu as escadas em direção ao quarto, mas parou a meio caminho ao ouvir um som vindo da sala de estar. Um som que o gelou: risos baixos, sussurros, e depois um gemido suave. O coração acelerou, as mãos tremeram. Abriu a porta devagar, quase sem querer acreditar no que via.
Miguel estava no sofá, mas não estava sozinho. Um homem moreno, de costas largas e cabelo curto, estava sentado ao seu lado. As mãos de Miguel estavam entrelaçadas com as dele, e os lábios… os lábios estavam colados, num beijo que parecia eterno.
Pedro sentiu o estômago revirar. “Miguel!” gritou, a voz rouca de raiva e dor.
Miguel afastou-se rapidamente, os olhos arregalados de surpresa. “Pedro! Eu… eu não estava à espera que chegasses hoje.”
“Claro que não estava,” respondeu Pedro, o olhar fixo no estranho, que agora se levantava, visivelmente desconfortável. “Quem é este?”
“Eu sou o Ricardo,” disse o homem, a voz calma, mas os olhos evitando o contacto visual. “Desculpa, eu… eu devia ir.”
Miguel tentou segurá-lo, mas Ricardo saiu apressadamente, deixando um silêncio pesado no ar.
“Como podes fazer isto?” perguntou Pedro, a voz a tremer. “Uma semana fora, e já estás com outro?”
Miguel aproximou-se, tentando tocar-lhe no braço, mas Pedro afastou-se. “Pedro, por favor, deixa-me explicar. Não foi o que estás a pensar.”
“Então o que foi? Um beijo inocente? Um abraço de amizade?”
Miguel suspirou, os olhos cheios de lágrimas. “Eu… eu não sei o que me aconteceu. Ele apareceu na minha vida de repente, e eu… eu deixei-me levar. Mas não significa nada. Tu és o homem que eu amo.”
Pedro riu, um riso amargo e descrente. “Amas-me? Então porque é que estás a trair-me? Porque é que me magoas assim?”
Miguel não respondeu, os olhos baixos, as mãos a tremer. Pedro sentiu uma mistura de raiva e desejo, uma confusão de emoções que o consumia. Avançou para Miguel, agarrando-o pelos ombros, e beijou-o com força, como se quisesse apagar o que tinha visto.
Miguel respondeu ao beijo, as lágrimas a escorrerem pelas faces, as mãos a agarrarem as costas de Pedro. “Desculpa,” sussurrou, entre beijos. “Eu nunca quis magoar-te.”
Pedro não respondeu, mas o beijo intensificou-se, as mãos a explorarem o corpo de Miguel com uma urgência selvagem. A raiva transformava-se em desejo, a dor em paixão.
Naquele momento, nada mais importava. Apenas os dois, num abraço que prometia esquecer, mas que só adiava o inevitável.