Descubra Como Lidar Com o Seu Vizinho: Dicas Essenciais para Uma Boa Convivência
Naquele prédio antigo, de paredes finas e segredos mais espessos, Clara e Miguel eram vizinhos há anos, mas nunca haviam trocado mais do que um “bom dia” apressado no elevador. Clara, uma mulher de trinta e poucos anos, era conhecida por sua discrição e pelo seu olhar misterioso. Miguel, um pouco mais velho, tinha um ar de quem sabia coisas que os outros não sabiam, e isso atraía Clara de uma forma que ela não conseguia explicar.
Uma noite, enquanto Clara lia um livro no sofá, ouviu um som vindo do apartamento ao lado. Era música, mas não qualquer música: era um jazz suave, sensual, que parecia dançar pelas paredes e invadir o seu espaço. Intrigada, ela levantou-se e aproximou-se da parede que dividia os dois apartamentos. O som era mais forte ali, e ela imaginou Miguel, sozinho, a mover-se ao ritmo da música, talvez com um copo de vinho na mão.
No dia seguinte, no elevador, Clara encontrou Miguel. Ele sorriu, como sempre, mas desta vez ela devolveu o sorriso, e os seus olhares cruzaram-se por um instante que pareceu eterno. “Gostei da música ontem à noite”, disse ela, com uma voz mais suave do que o habitual. Miguel ficou surpreso, mas não desconcertado. “Ah, então gosta de jazz?”, perguntou ele, com um brilho nos olhos que fez Clara sentir um calor subir-lhe pelas pernas.
A partir daí, começaram a conversar mais, a partilhar gostos e desgostos, a descobrir que tinham mais em comum do que imaginavam. Uma noite, Miguel convidou Clara para ir ao seu apartamento ouvir música. Ela aceitou, sentindo uma mistura de excitação e nervosismo que não sentia há muito tempo.
Quando entrou no apartamento de Miguel, foi recebida pelo mesmo jazz suave que a tinha atraído naquela primeira noite. Miguel serviu-lhe um copo de vinho, e sentaram-se no sofá, a conversar e a rir como se se conhecessem há anos. A música envolvia-os, criando uma atmosfera íntima que parecia convidá-los a explorar algo mais.
Foi Miguel quem deu o primeiro passo, colocando a mão sobre a de Clara. Ela olhou para ele, e no seu olhar ele viu o consentimento que precisava. Beijaram-se, primeiro devagar, depois com mais intensidade, como se estivessem a libertar algo que tinham reprimido durante demasiado tempo. A música continuava a tocar, mas já não a ouviam; o único som que importava era o dos seus corpos a moverem-se em sintonia.
Na manhã seguinte, Clara acordou no apartamento de Miguel, com o sol a entrar pelas janelas e o som dos pássaros a substituir o jazz. Miguel estava ao seu lado, ainda a dormir, e ela sorriu, sentindo uma paz que não sentia há muito tempo. Sabia que aquela noite tinha mudado algo entre eles, e que a partir daí a sua convivência nunca mais seria a mesma. Mas, desta vez, não era um problema. Era uma nova descoberta, um novo começo, e Clara estava ansiosa por explorar o que o futuro lhes reservava.