Descubra as Melhores Dicas para Viajar de Ônibus entre São Paulo e Rio de Janeiro
O autocarro deslizava pela estrada, cortando a noite como uma faca quente. Dentro, a luz fraca criava sombras dançantes, enquanto os passageiros tentavam descansar. Ana sentou-se ao lado de um homem que mal notou ao entrar. Ele lia um livro, os óculos pousados na ponta do nariz, e parecia alheio ao mundo.
Ela ajustou-se no assento, sentindo o desconforto da viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro. O ar condicionado soprava frio, e ela puxou o casaco para o pescoço. Foi então que o homem ao lado dela fechou o livro e olhou-a com um sorriso discreto.
“É a primeira vez que fazes esta viagem?” perguntou ele, a voz suave, quase um sussurro.
Ana hesitou, mas acabou por responder. “Sim. E tu?”
“Já perdi a conta.” Ele sorriu de novo, e algo naquele sorriso fez-lhe estremecer. “Posso dar-te algumas dicas para a próxima vez.”
Ela riu, mas o riso morreu nos lábios quando ele colocou a mão sobre a dela, suavemente, como se estivesse a testar a água. “A primeira dica é escolher o assento certo. O do meio é o pior.”
Ana sentiu o calor da mão dele a espalhar-se pelo seu braço. “E qual é o melhor?”
“O da janela, claro.” Ele inclinou-se para ela, o hálito quente a roçar-lhe a orelha. “Mas só se tiveres a companhia certa.”
O coração de Ana acelerou. Ela olhou em volta, mas os outros passageiros pareciam mergulhados nos seus próprios mundos. “E tu és a companhia certa?”
Ele sorriu, os olhos brilhando na penumbra. “Deixa-me mostrar-te.”
A mão dele deslizou para o seu joelho, e Ana sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Ela sabia que devia parar aquilo, mas o toque dele era como um ímã, puxando-a para algo que ela não conseguia resistir.
“Segunda dica,” sussurrou ele, os lábios agora a tocarem-lhe o pescoço. “Nunca viajes de noite sem um cobertor.”
Ana riu, mas o riso transformou-se num gemido quando a mão dele subiu pela sua coxa. “E porquê?”
“Porque faz frio,” respondeu ele, enquanto puxava o cobertor que tinha no colo para cobrir os dois. “E porque assim ninguém vê o que estamos a fazer.”
Debaixo do cobertor, a mão dele encontrou a sua coxa nua, e Ana sentiu o corpo a incendiar-se. Ela olhou para ele, os olhos cheios de desejo, e ele respondeu com um beijo que a fez esquecer onde estava.
“A terceira dica,” disse ele, entre beijos, “é aproveitar a viagem ao máximo.”
Ana não precisou de mais incentivos. As mãos dela exploraram o corpo dele, sentindo os músculos tensos sob a camisa. Ele puxou-a para o colo, e ela sentiu o calor dele a envolvê-la como uma manta.
O autocarro continuou a avançar pela estrada, mas para Ana, o mundo tinha desaparecido. Tudo o que existia era ele, as suas mãos, os seus lábios, o seu corpo. E quando ele finalmente a levou ao clímax, debaixo daquele cobertor, no meio da noite, ela soube que nunca mais olharia para uma viagem de autocarro da mesma forma.
“Última dica,” sussurrou ele, enquanto ela se aninhava no seu peito, exausta mas feliz. “Nunca viajes sozinha.”
Ana sorriu, sabendo que ele tinha razão. A viagem entre São Paulo e Rio de Janeiro nunca mais seria a mesma.