O Despertar de Uma Loba (Cap. 1): Descubra o Início Desta História Empolgante

O Despertar de Uma Loba (Cap. 1): Descubra o Início Desta História Empolgante

O vento frio da noite acariciava a pele de Clara, fazendo-a estremecer. A lua cheia brilhava no céu, lançando uma luz prateada sobre a floresta densa que a rodeava. Ela caminhava sozinha, os passos firmes, mas o coração acelerado. Algo dentro dela estava a mudar, algo que não conseguia explicar.

encontros Rapidos

Clara sempre fora uma mulher reservada, de olhos verdes profundos e cabelos castanhos que caíam em ondas sobre os ombros. Trabalhava como bibliotecária numa pequena cidade, levando uma vida tranquila e previsível. Mas ultimamente, os sonhos tinham-se tornado mais vívidos, mais intensos. Sonhava com a floresta, com a lua, com algo selvagem que a chamava.

Naquela noite, não conseguira resistir ao impulso de sair, de se perder entre as árvores. O ar estava carregado de uma energia estranha, quase palpável. Clara sentia-a a percorrer o seu corpo, a despertar algo que sempre estivera adormecido.

De repente, parou. Um arrepio percorreu-lhe a espinha, e os sentidos aguçaram-se. Ouviu um som baixo, quase imperceptível, vindo de entre as sombras. O coração batia mais forte, e o instinto gritava para que fugisse, mas os pés pareciam enraizados no chão.

“Quem está aí?” perguntou, a voz tremendo ligeiramente.

Nada. Apenas o silêncio da noite. Mas Clara sabia que não estava sozinha. Os olhos adaptaram-se à escuridão, e então viu-o. Um par de olhos dourados a fitá-la, brilhando como brasas na penumbra. Era um lobo, mas não como qualquer outro que já tivera visto. Era enorme, com uma pelagem negra como a noite e uma presença que a deixou sem fôlego.

O lobo aproximou-se lentamente, os passos silenciosos, quase elegantes. Clara sentiu o medo a misturar-se com algo mais, algo que a deixou quente e desconfortável. O animal parou a poucos passos dela, os olhos a fixarem-se nos seus. Havia algo humano naquele olhar, algo que a fez sentir-se nua, exposta.

“Clara,” sussurrou uma voz rouca, vinda de lugar nenhum e de todos ao mesmo tempo.

Ela deu um passo atrás, o coração a bater descontroladamente. “Quem… quem és tu?”

O lobo inclinou a cabeça, como se a estudasse. “Tu sabes quem eu sou. Tu sempre soubeste.”

E então, como se uma cortina tivesse sido puxada, as memórias inundaram-na. A lua, a floresta, o chamado. Era tudo real. Ela era parte disto, parte dele.

O lobo avançou, e Clara não se moveu. Sentiu o calor do corpo dele a aproximar-se, o cheiro a terra e a liberdade. Quando ele a tocou, foi como se uma faísca percorresse o seu corpo. O medo dissipou-se, substituído por uma necessidade que nunca antes sentira.

Ele transformou-se então, a forma do lobo a dar lugar à de um homem. Alto, de cabelos negros e olhos dourados, ele era a personificação do selvagem. Clara olhou para ele, os lábios entreabertos, o corpo a tremer de desejo.

“Finalmente,” disse ele, a voz um rugido baixo. “Finalmente acordaste.”

E então ele a beijou, e Clara perdeu-se no calor, na paixão, na fera que despertava dentro dela. A lua testemunhou o início de algo antigo, algo que estava destinado a acontecer. A loba tinha acordado, e nada seria o mesmo.