O Recepcionista: Funções, Habilidades Essenciais e Dicas para se Destacar
No coração de Lisboa, num hotel discreto mas requintado, Marco ocupava o posto de recepcionista. Não era apenas um funcionário; era a face daquele lugar, o primeiro contacto dos hóspedes com o mundo de luxo e conforto que o hotel prometia. Marco tinha um dom natural para o atendimento, uma combinação rara de charme, profissionalismo e uma voz suave que parecia acariciar os ouvidos de quem o escutava.
Naquela noite, o hotel estava particularmente calmo. A chuva fina que caía lá fora criava uma atmosfera íntima, e o sussurro da água a bater nas janelas era o único som que quebrava o silêncio. Marco estava a organizar alguns documentos quando a porta giratória se moveu lentamente, trazendo consigo uma mulher. Ela era alta, com cabelos castanhos que caíam em ondas sobre os ombros, e vestia um casaco elegante que mal escondia o vestido justo que usava por baixo. Os seus olhos verdes encontraram os de Marco, e ele sentiu um frio na espinha.
— Boa noite — disse ela, com um sorriso que era ao mesmo tempo doce e provocador. — Tenho uma reserva. O nome é Sofia.
Marco sentiu-se ligeiramente envergonhado por ter ficado a olhar por mais tempo do que o necessário, mas recuperou rapidamente a compostura. — Boa noite, Dona Sofia. Claro, deixe-me confirmar a sua reserva.
Enquanto digitava no computador, Marco sentiu a presença dela a pairar sobre o balcão, o seu perfume subtil mas irresistível a invadir os seus sentidos. Quando levantou os olhos, encontrou-a a observá-lo com um olhar que parecia conhecer todos os seus segredos.
— Aqui está. O seu quarto está pronto. Posso acompanhá-la? — ofereceu-se, tentando manter a voz firme.
— Adoraria — respondeu Sofia, com um tom que deixou Marco a questionar-se se ela estava a falar apenas do quarto.
No elevador, o espaço parecia diminuir com cada segundo que passava. Marco sentiu o calor do corpo dela tão perto, e o silêncio entre eles era carregado de uma tensão que ele não conseguia ignorar. Quando as portas se abriram, ele conduziu-a até ao quarto, abrindo a porta com uma chave magnética.
— Aqui está. Se precisar de alguma coisa, não hesite em contactar a receção — disse ele, tentando manter a distância profissional.
Sofia entrou no quarto, mas antes que ele pudesse recuar, ela virou-se e colocou uma mão suave no seu braço. — Marco, não precisa ser tão formal. Estou aqui para relaxar, e acho que você também poderia beneficiar de um pouco de… descontração.
Ele sentiu o toque dela como uma corrente eléctrica, e antes que pudesse pensar, os lábios de Sofia encontraram os seus. O beijo foi intenso, cheio de uma paixão que Marco não esperava. Ele cedeu ao momento, as suas mãos a explorar o corpo dela com uma urgência que não conseguia controlar.
Naquela noite, Marco descobriu que as suas funções como recepcionista iam muito além de simplesmente receber hóspedes. Era sobre criar conexões, sobre entender e antecipar desejos. E, naquele momento, ele estava a desempenhar o seu papel com uma maestria que nunca imaginara possível.