Como Se Exibir para o Vizinho Coroa Viúvo: Dicas e Estratégias
A tarde estava quente, e o sol caía lentamente sobre o jardim, tingindo tudo de um dourado suave. Marta, de pé diante do espelho do quarto, ajustava o decote do seu vestido de seda, um modelo que havia comprado numa viagem a Lisboa. O tecido era leve, quase translúcido, e caía sobre o seu corpo como uma segunda pele, destacando as curvas que, aos quarenta e dois anos, ainda eram motivo de orgulho. Sabia que o vizinho, o senhor Eduardo, um viúvo de sessenta e poucos anos, costumava passear pelo quintal nessa hora, e ela tinha um plano.
Desceu as escadas com passos leves, os saltos altos ecoando no silêncio da casa. No jardim, a brisa brincava com as franjas do vestido, levantando-as ligeiramente, revelando as pernas bronzeadas. Marta sentou-se na cadeira de vime, cruzou as pernas com lentidão e abriu o livro que trouxera consigo. Sabia que o muro que separava as duas casas era baixo o suficiente para que ele a visse, se estivesse atento.
Não demorou muito. Logo ouviu o som de passos no quintal ao lado. Sorriu para si mesma, virando uma página do livro sem realmente ler. Quando levantou os olhos, lá estava ele, de pé junto ao muro, com um regador na mão, mas os olhos fixos nela.
— Boa tarde, senhor Eduardo — cumprimentou, com uma voz suave, quase melosa.
— Boa tarde, dona Marta — respondeu ele, claramente surpreso. — Que belo vestido. Está muito elegante.
— Obrigada — respondeu, levantando-se com graça e aproximando-se do muro. — O tempo está tão agradável, pensei em aproveitar para ler um pouco ao ar livre.
Ele assentiu, mas os olhos não se desviavam dela. Marta inclinou-se ligeiramente para a frente, como se quisesse ajustar uma flor num vaso próximo, permitindo que o decote do vestido se abrisse um pouco mais. Percebeu o olhar dele a descer, a fixar-se no seu colo, e sentiu um calor a subir-lhe pelo corpo.
— O seu jardim está lindo — comentou ela, passando os dedos pelas pétalas de uma rosa. — Deve dedicar-lhe muito tempo.
— Sim, é um passatempo — respondeu ele, a voz um pouco rouca. — Mas o seu… o seu jardim parece muito mais interessante.
Marta riu, um som suave e provocador, e olhou-o nos olhos. — Talvez um dia o possa ver mais de perto.
Ele engoliu em seco, e ela viu-lhe as mãos a apertarem o regador com mais força. — Gostaria muito — murmurou ele.
Marta afastou-se do muro, caminhando lentamente pelo jardim, sabendo que ele a observava. Quando chegou à porta de casa, virou-se e olhou para ele por cima do ombro. — Até logo, senhor Eduardo.
Ele não respondeu, mas o olhar dele dizia tudo o que ela precisava de saber. Ao entrar em casa, Marta sentiu um sorriso de satisfação a espalhar-se pelo rosto. O jogo tinha apenas começado.