Sendo Corno Novamente: A Nova Namorada da Igreja e os Segredos Revelados
O sol já se punha quando Marco entrou na igreja, o ar pesado de incenso e velas acesas. A luz dourada filtrada pelos vitrais pintava o chão de cores quentes, mas o coração dele estava frio. Sabia que algo estava errado desde que Sofia começara a frequentar aquele lugar com insistência. Ela, que nunca fora religiosa, agora passava horas ali, dizendo que precisava de “encontrar paz”. Marco decidiu descobrir o que realmente se passava.
Escondeu-se atrás de uma coluna, observando-a de longe. Sofia estava ajoelhada diante do altar, as mãos entrelaçadas em oração. Mas não estava sozinha. O padre António, jovem e de olhar intenso, aproximou-se dela com um sorriso terno. Marco apertou os punhos ao ver como o homem colocou uma mão no ombro dela, murmurando palavras que não conseguia ouvir. Sofia ergueu o rosto, e o olhar entre os dois era carregado de uma intimidade que não pertencia a um confessor e sua penitente.
O padre inclinou-se, os lábios quase a tocar o ouvido dela, e Marco sentiu o sangue ferver. Sofia fechou os olhos, uma expressão de êxtase no rosto, enquanto o padre deslizava a mão pelo seu braço, até ao pulso. Marco não conseguia mais ficar parado. Avançou, mas parou quando viu Sofia levantar-se e seguir o padre para uma pequena porta ao lado do altar.
Com o coração a bater descontroladamente, Marco seguiu-os em silêncio. A porta levava a um corredor estreito e escuro, que terminava numa pequena sala. A luz de uma vela tremeluzia, lançando sombras dançantes nas paredes. Marco espreitou pela fresta da porta e o que viu deixou-o sem fôlego.
Sofia estava de costas para ele, o vestido deslizando pelos ombros, enquanto o padre António beijava o seu pescoço com uma devoção que não era divina. As mãos dele exploravam o corpo dela com uma familiaridade que doía, e Sofia arqueava-se contra ele, um gemido suave escapando-lhe dos lábios. Marco sentiu-se traído, mas também fascinado, incapaz de desviar o olhar.
O padre puxou-a para mais perto, os corpos deles a moverem-se num ritmo que era tanto pecado quanto oração. Sofia virou-se, os olhos fechados, os lábios a procurarem os dele num beijo que era pura entrega. Marco sentiu-se como um intruso, mas também como um voyeur, incapaz de deixar de observar aquela cena proibida.
Quando o padre a levou para o chão, sobre um tapete grosso, Marco finalmente afastou-se, o coração a doer, mas o corpo a responder de uma forma que não esperava. Sabia que aquilo era errado, que Sofia o traía de uma forma que nunca imaginara possível. Mas também sabia que, de alguma forma, aquela revelação o havia mudado para sempre.