Experiência Radical: Ser Puta por Uma Noite – Parte 1

Experiência Radical: Ser Puta por Uma Noite – Parte 1

A noite estava quente, o ar pesado com o cheiro do mar e o murmúrio distante das ondas a quebrar na praia. Clara caminhava pela rua estreita, o som dos seus saltos altos a ecoar contra as paredes de pedra das casas antigas. O vestido preto, justo e curto, colava-se ao seu corpo como uma segunda pele, e o batom vermelho brilhava sob a luz fraca dos candeeiros. Sentia o olhar dos homens a segui-la, a avaliá-la, e isso fazia-a estremecer de excitação.

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Há semanas que planeava esta noite. Uma experiência radical, uma fuga à sua vida monótona de contabilista. Queria sentir-se livre, poderosa, desejada. E, acima de tudo, queria descobrir o que era ser outra pessoa, mesmo que apenas por uma noite. Por isso, ali estava ela, a caminho do bairro mais antigo da cidade, onde as luzes eram mais baixas e os segredos mais profundos.

Parou à entrada de um bar pequeno, com uma fachada desbotada e uma cortina vermelha a esconder o interior. Respirou fundo, sentindo o coração a bater mais rápido. Era agora ou nunca. Empurrou a porta e entrou.

O ar dentro do bar era denso, cheio de fumo e o cheiro a álcool. Um piano tocava uma melodia lenta e sensual num canto, e algumas mulheres sentadas ao balcão viraram-se para a olhar. Clara sentiu-se exposta, mas também excitada. Era isso que queria, não era? Ser vista, desejada.

Sentou-se num banco isolado, pedindo um copo de vinho ao empregado. Enquanto esperava, observou os homens que entravam e saíam, alguns sozinhos, outros em grupos. Os seus olhares cruzavam-se com os dela, e ela mantinha o contacto, desafiando-os, provocando-os.

Foi então que ele apareceu. Alto, de cabelo escuro e olhos penetrantes, vestindo um fato escuro que realçava os seus ombros largos. Sentou-se ao seu lado, pedindo um whisky sem sequer olhar para o empregado. Clara sentiu um arrepio a percorrer-lhe a espinha.

— Sozinha? — perguntou ele, a voz grave e suave.

Clara sorriu, sentindo-se mais corajosa do que nunca.

— Depende. Estás a oferecer companhia?

Ele riu-se, um som profundo que a fez estremecer.

— Talvez. Como te chamas?

— Clara. E tu?

— João. — Ele inclinou-se para ela, o cheiro do seu perfume a envolver-lhe os sentidos. — O que te traz a um sítio como este, Clara?

Ela hesitou por um momento, mas depois decidiu ser honesta.

— Quero experimentar algo novo. Algo… radical.

João levantou uma sobrancelha, intrigado.

— E o que seria isso?

Clara olhou-o nos olhos, sentindo o calor a subir-lhe às faces.

— Quero ser puta por uma noite.

Ele ficou em silêncio por um momento, estudando-a. Depois, sorriu.

— Estás a falar a sério?

— Completamente.

João bebeu um gole do seu whisky, os olhos a brilhar com uma mistura de curiosidade e desejo.

— Então, deixa-me ser o teu primeiro cliente.

Clara sentiu um nó na garganta, mas também uma onda de excitação a percorrer-lhe o corpo. Aquilo era real. Estava a acontecer.

— Quanto queres? — perguntou ele, a voz baixa e suave.

Ela pensou por um momento, tentando parecer mais confiante do que se sentia.

— Cem euros.

João sorriu, tirando uma nota da carteira e deslizando-a para ela por baixo do balcão.

— Combinado. Onde?

Clara olhou à volta, sentindo-se repentinamente nervosa.

— Aqui mesmo. No quarto lá atrás.

Ele levantou-se, estendendo-lhe a mão. Clara pegou nela, sentindo a sua pele quente e firme contra a dela. Caminharam até ao quarto, a porta a fechar-se atrás deles com um clique suave.

João virou-se para ela, os olhos a percorrerem o seu corpo com uma intensidade que a fez estremecer.

— Tens a certeza de que queres fazer isto?

Clara respirou fundo, sentindo o coração a bater mais rápido.

— Sim. Quero.

Ele sorriu, aproximando-se dela e puxando-a para um beijo profundo e apaixonado. Clara sentiu-se envolta numa onda de desejo, o seu corpo a responder ao toque dele como se estivesse à espera disto há uma vida inteira.

João despiu-a lentamente, cada peça de roupa a cair no chão como uma promessa. Quando finalmente estavam nus, ele deitou-a na cama, os lábios a percorrerem o seu corpo com uma mistura de ternura e fúria. Clara entregou-se completamente, sentindo-se mais viva do que nunca.

Quando ele finalmente a penetrou, ela soltou um gemido, o prazer a inundar-lhe o corpo como uma onda. Moviam-se juntos, num ritmo perfeito, cada toque, cada beijo, cada suspiro a levá-la mais longe do que alguma vez tinha ido antes.

E, naquele momento, Clara sabia que esta noite mudaria tudo. Era uma puta, sim, mas também era livre, poderosa e completamente ela mesma. E isso era tudo o que alguma vez quisera ser.