Sou Corno da Minha Mulher Lésbica: Como Lidar com Esta Situação Complexa
O sol da tarde entrava suavemente pela janela do apartamento, iluminando o quarto com uma luz quente e dourada. Miguel estava sentado no sofá da sala, o coração acelerado, enquanto ouvia os sons abafados que vinham do quarto. A porta estava entreaberta, e ele podia ver os contornos das duas mulheres entrelaçadas na cama. Era a sua mulher, Sofia, e a sua amante, Clara.
Miguel sabia que devia sentir-se traído, humilhado, mas, estranhamente, não era isso que acontecia. Pelo contrário, sentia uma excitação intensa, uma mistura de voyeurismo e submissão que o deixava confuso e ao mesmo tempo completamente rendido. Sofia era lésbica, e ele sabia disso desde o início do relacionamento. Eles tinham um acordo, um entendimento tácito de que ela precisava de algo que ele nunca poderia dar-lhe completamente. E ele, de alguma forma, tinha aprendido a aceitar isso, a encontrar prazer na sua própria maneira.
Os gemidos de Sofia tornaram-se mais altos, e Miguel sentiu o seu corpo responder. Ele não conseguia desviar os olhos, mesmo que quisesse. Clara estava a beijar o pescoço de Sofia, as mãos a deslizarem pelo seu corpo com uma intimidade que Miguel nunca poderia alcançar. Era como assistir a uma dança, uma coreografia de desejo e paixão que o deixava sem fôlego.
De repente, Sofia virou a cabeça e os seus olhos encontraram os de Miguel. Ele esperava ver vergonha, talvez até raiva, mas em vez disso, viu algo que o deixou ainda mais excitado: um sorriso malicioso, um convite silencioso. Ela sabia que ele estava a ver, e isso parecia excitar-lhe ainda mais.
“Vem cá”, sussurrou Sofia, a voz rouca de prazer.
Miguel hesitou por um momento, mas o desejo era demasiado forte para resistir. Levantou-se e entrou no quarto, sentindo o calor do corpo das duas mulheres a envolvê-lo. Clara olhou para ele com um sorriso provocador, os dedos ainda entrelaçados nos cabelos de Sofia.
“Queres participar?”, perguntou Clara, a voz cheia de desafio.
Miguel não precisou de responder. Já estava ajoelhado na cama, as mãos a tremer enquanto tocava em Sofia, sentindo a sua pele quente e suada. Era uma sensação estranha, estar ali com elas, partilhando algo tão íntimo, mas também era incrivelmente excitante. Sofia virou-se para ele, os lábios a encontrarem os seus num beijo apaixonado, enquanto Clara continuava a acariciá-la, os dedos a moverem-se com uma destreza que Miguel nunca poderia igualar.
Era uma situação complexa, sem dúvida, mas naquele momento, Miguel não se importava. Estava completamente entregue ao prazer, à sensação de estar a partilhar algo tão intenso e proibido. E, de alguma forma, sabia que esta era a sua maneira de lidar com tudo, de encontrar o seu próprio lugar num relacionamento que desafiava todas as convenções.