Como Transformar Uma Noite de Sexo com um Amigo numa Experiência Inesquecível
A noite estava quente, e o ar pesado carregava o aroma do verão. Marta e Pedro, amigos há anos, partilhavam um copo de vinho na varanda do apartamento dela. A conversa fluía como sempre, descontraída e cheia de risos, mas havia algo diferente naquela noite. Um olhar mais demorado, um toque casual que parecia intencional, uma tensão que ambos sentiam, mas nenhum ousava mencionar.
— Mais um copo? — perguntou Marta, erguendo a garrafa.
Pedro sorriu, os olhos fixos nela. — Porque não?
Enquanto ela servia o vinho, ele observou o movimento dos seus dedos, a curva do seu pescoço, a maneira como o vestido leve dançava com a brisa. Algo dentro dele despertou, uma vontade que sempre reprimira, mas que agora parecia impossível ignorar.
— Marta… — começou ele, a voz mais grave do que o habitual.
Ela virou-se, os olhos brilhando sob a luz suave. — Sim?
Ele hesitou, mas depois levantou-se, aproximando-se dela. — Há quanto tempo nos conhecemos?
— Dez anos, talvez mais — respondeu ela, o coração a acelerar.
— E em todo este tempo… — ele parou, os dedos a tocarem levemente o seu braço. — Nunca te disse o quanto és bonita.
Marta sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. — Pedro…
Ele não esperou mais. Inclinando-se, os lábios dele encontraram os dela num beijo lento, mas intenso. Era como se uma barreira tivesse sido derrubada, e ambos se entregaram ao momento, as mãos a explorarem corpos que já conheciam, mas nunca desta forma.
Ele puxou-a para si, o calor dos seus corpos a fundirem-se. Marta envolveu os braços em torno do seu pescoço, os dedos a entrelaçarem-se nos seus cabelos. O beijo aprofundou-se, e ela sentiu as pernas a tremerem, o desejo a consumi-la por completo.
— Quero-te — sussurrou ele contra os seus lábios.
— Então toma-me — respondeu ela, a voz rouca de desejo.
Ele pegou-lhe ao colo, levando-a para o quarto. A luz suave da lua entrava pela janela, iluminando os corpos que se despojavam rapidamente. As mãos dele exploraram cada centímetro da sua pele, os lábios a seguirem o mesmo caminho. Marta arqueou-se sob o toque dele, os gemidos a escaparem-se da sua boca.
Ele posicionou-se entre as suas pernas, os olhos a encontrarem os dela. — Tens a certeza?
Ela acenou, o coração a bater acelerado. — Mais do que nunca.
Ele entrou nela, devagar, permitindo que ambos se adaptassem à nova sensação. Marta envolveu as pernas em torno da sua cintura, puxando-o mais para dentro. O movimento começou lento, mas rapidamente se tornou mais intenso, os corpos a moverem-se em perfeita sincronia.
Os gemidos misturavam-se, o ar a encher-se de calor e desejo. Pedro segurou as suas mãos, entrelaçando os dedos enquanto o ritmo aumentava. Marta sentiu o prazer a construir-se dentro dela, uma onda que crescia até não poder mais.
— Pedro… — gemeu ela, os olhos fechados.
— Eu sei — respondeu ele, o próprio prazer a aproximar-se do limite.
Quando o orgasmo a atingiu, foi como uma explosão, o corpo dela a tremer sob o dele. Ele seguiu-a momentos depois, o nome dela a escapar-se dos seus lábios num suspiro rouco.
Ficaram deitados juntos, os corpos ainda entrelaçados, a respiração a acalmar lentamente. Pedro beijou-lhe a testa, um sorriso nos lábios.
— Foi… incrível — disse ele.
Marta sorriu, os dedos a traçarem padrões no seu peito. — Inesquecível.
E naquele momento, ambos sabiam que a sua amizade nunca mais seria a mesma. Mas talvez, apenas talvez, isso fosse uma coisa boa.