A Coroa Viúva Vizinha dos Meus Pais: Tudo o Que Precisa Saber
A mansão dos meus pais ficava no alto de uma colina, isolada, rodeada por um jardim que parecia ter sido desenhado para esconder segredos. A casa ao lado, mais pequena mas igualmente imponente, pertencia à Coroa Viúva, como todos a chamavam. Ninguém sabia o seu nome verdadeiro, mas todos conheciam a sua história: uma mulher de meia-idade, viúva de um aristocrata, que vivia sozinha desde que ele partira. A sua presença era um mistério, e os rumores sobre ela enchiam as conversas na vila. Diziam que era uma mulher de apetites insaciáveis, que mantinha amantes secretos e que, à noite, se entregava a rituais de prazer.
Eu nunca acreditara nessas histórias até àquela noite de verão, quando o calor era tão intenso que o ar parecia vibrar. Os meus pais tinham saído para uma festa na cidade, e eu ficara sozinho em casa. O silêncio era tão denso que até o som do vento nas árvores parecia um sussurro. Foi então que a vi.
Ela estava no jardim, envolta num vestido de seda negra que lhe colava ao corpo como uma segunda pele. O cabelo, prateado à luz da lua, caía-lhe em ondas sobre os ombros. Movia-se com uma graça que era quase hipnótica, como se dançasse para uma música que só ela conseguia ouvir. Parei à janela, incapaz de desviar o olhar. Foi então que ela se virou e os nossos olhares se cruzaram.
Não sei quanto tempo passou até que ela me acenou, com um gesto lento e deliberado, a convidar-me a juntar-me a ela. O coração batia-me tão forte que quase não conseguia respirar, mas os meus pés moveram-se por vontade própria, levando-me até ao jardim. Quando cheguei perto, o perfume dela envolveu-me, uma mistura de jasmim e algo mais intenso, algo que me fez sentir tonto.
“Sabia que vinhas”, disse ela, com uma voz que era ao mesmo tempo suave e carregada de promessas. “Estava à tua espera.”
Não tive tempo de responder. Ela aproximou-se, e os seus dedos tocaram-me o rosto, um contacto tão leve que quase parecia imaginário. Mas o calor que emanava dele era real, e eu senti-me a arder por dentro. A sua boca encontrou a minha, e o beijo foi como nada que eu alguma vez tivesse experimentado. Era feroz e doce, desesperado e controlado, como se ela soubesse exactamente o que eu precisava antes mesmo de eu o saber.
As suas mãos deslizaram pelo meu corpo, despertando sensações que eu nem sabia que eram possíveis. Cada toque era uma descoberta, cada beijo uma revelação. Ela levou-me para dentro da sua casa, e as sombras pareciam dançar à nossa volta, como se fizessem parte do momento. Na sala, a luz das velas criava padrões dourados nas paredes, e o ar estava carregado de um perfume que me deixava tonto.
“Deixa-me mostrar-te o que é o verdadeiro prazer”, sussurrou ela, enquanto as suas mãos me despiam com uma lentidão que era quase torturante. E eu deixei-me ir, entregue àquela mulher que era ao mesmo tempo um mistério e uma tentação.
Naquela noite, aprendi que a Coroa Viúva não era apenas uma lenda. Era real, e o seu toque era mais poderoso do que qualquer história que eu alguma vez tivesse ouvido. E quando o sol nasceu, deixando o céu tingido de dourado, eu sabia que nunca mais seria o mesmo.