Comi a Vizinha Coroa D. Cléia: Uma História Surpreendente e Inesquecível
A tarde estava quente, e o sol filtrado pelas cortinas de renda da minha sala criava um jogo de luzes e sombras que parecia dançar ao ritmo do meu coração acelerado. Eu estava sentado no sofá, tentando concentrar-me num livro, mas a minha mente divagava. A culpa era dela, D. Cléia, a minha vizinha do andar de cima. Aquela mulher, com os seus cabelos prateados e um porte que só o tempo podia dar, tinha algo de irresistível. Não era apenas a beleza, mas a maneira como ela se movia, como sorria, como parecia sempre saber exatamente o que eu estava a pensar.
Ouvir os seus passos no andar de cima tornara-se uma obsessão. Cada vez que ela caminhava, eu imaginava-a a deslizar pela casa, talvez com um vestido leve que mal cobria as suas pernas ainda firmes. E então, naquela tarde, o inesperado aconteceu. Bateram à minha porta. Quando abri, lá estava ela, com um sorriso tímido e uma garrafa de vinho na mão.
“Desculpe incomodar, mas o meu fogão avariou e eu estava a pensar em fazer um jantar especial. Pensei que talvez pudéssemos partilhar isto”, disse ela, erguendo a garrafa.
Aceitei sem hesitar. Mal entrou, o ar pareceu mudar. O perfume dela, algo suave e floral, misturou-se com o aroma do vinho que abrimos. Sentámo-nos na sala, e a conversa fluía naturalmente, como se nos conhecêssemos há anos. Mas havia algo mais, uma tensão que crescia a cada olhar trocado, a cada riso partilhado.
Foi ela quem deu o primeiro passo. Enquanto nos levantávamos para ir à cozinha, a sua mão tocou levemente a minha, e os nossos olhos encontraram-se. Não houve palavras, apenas aquele momento em que tudo pareceu parar. E então, ela aproximou-se, os seus lábios encontrando os meus num beijo que foi ao mesmo tempo suave e ardente.
As mãos dela deslizaram pelo meu peito, e eu senti o calor do seu corpo contra o meu. Levei-a para o sofá, onde nos deixámos levar pela paixão que há tanto tempo parecia estar a fermentar. As suas mãos exploravam o meu corpo com uma experiência que só os anos podiam dar, e eu correspondia com uma intensidade que me surpreendeu.
A tarde transformou-se em noite, e nós, perdidos um no outro, explorámos cada centímetro, cada desejo, cada fantasia. D. Cléia era tudo o que eu imaginara e mais. A sua confiança, a sua sensualidade, a maneira como ela me levava ao êxtase com cada toque, cada palavra sussurrada ao meu ouvido, fizeram daquele encontro algo verdadeiramente inesquecível.
Quando finalmente nos separámos, o mundo lá fora parecia ter mudado. Ela sorriu, os seus olhos brilhando com uma mistura de satisfação e mistério.
“Até à próxima”, disse ela, antes de sair, deixando-me ali, ainda a recuperar do que acabara de acontecer.
E eu soube que aquela não seria a última vez que a minha vizinha coroa, D. Cléia, me surpreenderia.