Porque Ela Chorou Durante o Orgásmo: Explicações e Significados

O quarto estava envolto em penumbra, apenas a luz ténue da lua a espreitar pelas cortinas. Ele estava deitado ao lado dela, o corpo ainda quente do contacto íntimo que partilharam. Ela respirou fundo, os olhos fechados, e ele notou uma lágrima a escorrer-lhe pela face.

“Porque choras?”, perguntou ele, a voz suave, quase um sussurro.

Ela abriu os olhos, o olhar profundo, carregado de emoções que ele não conseguia decifrar. “Não sei”, respondeu, a voz trémula. “Talvez porque nunca senti algo assim antes.”

Ele acariciou-lhe o rosto, os dedos a seguir o rasto da lágrima. “Foi demasiado intenso?”

Ela abanou a cabeça, um sorriso tímido a formar-se nos lábios. “Não. Foi perfeito. Mas foi mais do que físico. Foi como se, naquele momento, tudo fizesse sentido. Como se eu estivesse finalmente completa.”

Ele olhou para ela, o coração a apertar-se de uma forma que não esperava. “E isso faz-te chorar?”

“Sim”, admitiu ela, a voz quase inaudível. “Porque é assustador sentir tanto. É como se eu estivesse a perder o controlo, a render-me completamente a algo que não consigo explicar.”

Ele puxou-a para mais perto, o corpo dela a encaixar-se perfeitamente no seu. “Não tens de ter medo”, murmurou, os lábios a roçarem-lhe a testa. “Eu estou aqui. E não vou a lado nenhum.”

Ela deixou-se envolver pelo calor dele, o coração a bater em uníssono. “É só que… nunca pensei que pudesse sentir algo assim. É como se, durante o orgasmo, todas as paredes que construí ao longo da vida se desmoronassem. E isso é assustador, mas também libertador.”

Ele sorriu, os dedos a entrelaçarem-se nos dela. “Então chora. Chora porque és forte o suficiente para te deixares sentir. Chora porque és humana. E chora porque eu estou aqui para te apanhar.”

Ela olhou para ele, os olhos brilhando de lágrimas, mas também de gratidão. “Obrigada”, sussurrou, a voz carregada de emoção. “Por me deixares ser eu mesma.”

Ele beijou-a, o beijo lento, profundo, cheio de promessas não ditas. E, naquele momento, ela soube que as lágrimas não eram de tristeza, mas sim de uma felicidade tão intensa que não conseguia conter. E, pela primeira vez, deixou-se mergulhar nessa emoção, sabendo que ele estaria lá para a segurar, não importa o que acontecesse.