O Que Fazer Se Fui Encoxada no Autocarro: Guia de Apoio e Ação
O autocarro estava cheio, como de costume naquela hora de ponta. Ana apertava-se entre os corpos, tentando manter o equilíbrio enquanto segurava a barra acima da cabeça. O calor era sufocante, e o cheiro a suor misturava-se com o perfume barato de alguém próximo. Ela fechou os olhos por um momento, tentando ignorar o desconforto, quando sentiu algo inesperado.
Um corpo pressionou-se contra as suas costas, firme, intencional. Ana abriu os olhos, surpresa, e tentou afastar-se, mas não havia para onde ir. O autocarro estava demasiado cheio. A respiração de alguém quente atingiu-lhe a nuca, e ela sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. A princípio, pensou que fosse um acidente, uma consequência inevitável da lotação. Mas então sentiu algo mais: uma mão a deslizar lentamente pela sua cintura, firme, segura.
Ana sentiu o coração acelerar. Era errado, sabia que era errado, mas algo naquela ousadia a excitava. A mão parou na sua anca, e ela sentiu a pressão do corpo contra si aumentar. A respiração do desconhecido era agora audível, quente e rouca, e ela sentiu um calor a espalhar-se pelo seu corpo. A mão moveu-se novamente, desta vez para a frente, deslizando pela sua barriga, e Ana prendeu a respiração.
Ela devia parar aquilo, devia gritar, devia afastar-se. Mas não o fez. Em vez disso, inclinou a cabeça ligeiramente, expondo mais o pescoço, e sentiu os lábios do desconhecido a roçarem-lhe a pele. Um gemido escapou-lhe, baixo, quase impercetível, e ela sentiu o corpo do homem a tremer contra o seu. A mão subiu mais um pouco, parando por baixo do seu peito, e Ana sentiu-se a derreter.
O autocarro abrandou, e Ana aproveitou o movimento para pressionar-se ainda mais contra o desconhecido. A mão dele apertou-lhe a cintura, e ela sentiu algo duro a pressionar-lhe as costas. O desejo tomou conta dela, e ela moveu as ancas ligeiramente, provocando um gemido baixo do homem. A mão dele desceu novamente, desta vez para a sua coxa, e Ana sentiu-se a perder o controlo.
Quando o autocarro parou na próxima paragem, o desconhecido afastou-se, deixando-a de repente fria e vazia. Ana virou-se, tentando vê-lo, mas ele já estava a sair, misturando-se com a multidão. Ela ficou ali, a tremer, com o coração a bater descontroladamente, sabendo que aquilo tinha sido errado, mas incapaz de negar o prazer que sentira. E, no fundo, desejando que ele voltasse.