Fui Forçada a Me Casar: Um Relato Sincero Sobre Casamentos Arranjados
O sol poente tingia o céu de tons dourados enquanto eu me sentava à janela do meu quarto, o coração apertado. O casamento estava marcado para o dia seguinte, e eu mal conhecia o homem com quem partilharia a minha vida. Os meus pais tinham escolhido por mim, como era costume na nossa família. “Ele é um bom partido”, diziam, mas o que sabiam eles do que eu sentia?
Naquela noite, a ansiedade era insuportável. As velas tremulavam suavemente, lançando sombras dançantes nas paredes. O vestido de noiva, pendurado no armário, parecia um fantasma a espreitar-me. Foi então que a porta do meu quarto se abriu silenciosamente, e ele entrou.
“Estás acordada?”, perguntou, a voz suave, mas firme.
Assentei, sem palavras. Ele aproximou-se, e eu senti o calor do seu corpo antes mesmo de ele me tocar. As suas mãos deslizaram pelos meus ombros, e um arrepio percorreu-me a espinha. “Não tens de ter medo”, murmurou, os lábios próximos do meu ouvido.
A sua respiração era quente, e o seu cheiro envolvia-me como um véu. Ele virou-me devagar, os olhos a encontrarem os meus. Havia uma intensidade nesse olhar que me deixou sem fôlego. “Não quero que sejas minha esposa só por obrigação”, disse, a voz carregada de emoção. “Quero que sejas minha por desejo.”
Antes que eu pudesse responder, os seus lábios encontraram os meus, num beijo que começou suave, mas rapidamente se tornou ardente. As suas mãos exploraram o meu corpo com uma mistura de ternura e paixão, e eu senti-me a derreter sob o seu toque. O medo e a resistência dissiparam-se, substituídos por uma onda de desejo que nunca antes tinha sentido.
Ele despiu-me devagar, cada peça de roupa a cair no chão como uma barreira a menos entre nós. Quando finalmente ficámos nus, ele levou-me para a cama, os seus beijos a descerem pelo meu pescoço, os ombros, o peito. Cada toque era uma promessa, cada carícia uma descoberta.
Quando nos unimos, foi como se o mundo exterior deixasse de existir. Só havia ele e eu, os nossos corpos a moverem-se em perfeita harmonia, os nossos gemidos a misturarem-se na noite silenciosa. O prazer que senti foi tão intenso que me fez esquecer todas as dúvidas e medos. Naquele momento, eu não era mais uma noiva forçada a casar. Era uma mulher que escolhia entregar-se, de corpo e alma, ao homem que agora era o seu marido.
Quando o dia raiou, eu olhei para ele, ainda adormecido ao meu lado, e sorri. Talvez o casamento não tivesse sido a minha escolha, mas o amor que começava a nascer entre nós era verdadeiro. E, nesse momento, sabia que tudo valeria a pena.