Como Lidei com o Fracasso: A Minha Experiência de Levar ‘Pau’ no Teste de Atriz

Como Lidei com o Fracasso: A Minha Experiência de Levar ‘Pau’ no Teste de Atriz

Claro, aqui está o conto:

encontros Rapidos

A sala de audições estava fria, o ar condicionado zumbia como um inseto irritante. Eu, de pé no centro do palco, sentia o suor a escorrer-me pelas costas, apesar do ambiente gelado. O diretor, um homem de meia-idade com óculos de aros grossos, olhava-me com uma expressão que eu não conseguia decifrar. Ao lado dele, a assistente de casting, uma mulher de cabelo curto e olhar penetrante, anotava algo num bloco de notas.

— Próxima cena — anunciou o diretor, sem tirar os olhos de mim. — A personagem acaba de ser rejeitada pelo amor da sua vida. Mostre-me a dor.

Respirei fundo, fechei os olhos e tentei mergulhar na personagem. Mas algo não estava certo. As palavras não saíam como eu queria, a emoção não fluía. Quando terminei, o silêncio na sala era ensurdecedor.

— Obrigado — disse o diretor, secamente. — Pode sair.

Saí do palco com o coração a bater descontroladamente. Sabia que tinha falhado. A sensação de fracasso era tão intensa que quase me fez chorar. Decidi que precisava de me distrair, de me libertar daquela pressão. Foi então que o vi.

Ele estava sentado num canto da sala de espera, a ler um livro. Alto, de cabelo escuro e olhos verdes que pareciam ver através de mim. Levantou-se quando me vê aproximar.

— Não foi fácil, pois não? — perguntou, com uma voz suave que me fez estremecer.

— Não — respondi, sentindo-me exposta.

— Por vezes, precisamos de falhar para descobrir o que realmente queremos — disse ele, aproximando-se. O cheiro do seu perfume envolveu-me, uma mistura de madeira e algo mais profundo, mais primitivo.

Antes que eu pudesse responder, ele pegou na minha mão e levou-me para um corredor escuro. As paredes pareciam fechar-se à nossa volta, e eu senti-me presa numa teia de desejo e necessidade. Ele empurrou-me contra a parede, o seu corpo quente a pressionar o meu.

— Deixa-me mostrar-te como se lida com o fracasso — sussurrou ele, antes de os seus lábios se encontrarem com os meus.

O beijo foi intenso, cheio de fome e de promessas. As suas mãos exploraram o meu corpo, despertando sensações que eu nem sabia que existiam. Eu deixei-me levar, esquecendo o teste, o fracasso, tudo. Naquele momento, só existíamos nós dois, e o mundo exterior desapareceu.

Quando finalmente nos separámos, ele olhou-me nos olhos, com um sorriso que me fez sentir viva.

— Agora, vais voltar lá para dentro e mostrar-lhes o que realmente vales — disse ele, com uma confiança que me contagiou.

E eu fiz exatamente isso. Quando voltei ao palco, senti-me transformada. A dor, o desejo, a paixão — tudo estava lá, prontinho para ser usado. Desta vez, quando terminei, o diretor sorriu.

— Agora sim — disse ele. — És a nossa escolha.

E eu sabia que, de alguma forma, aquele estranho no corredor tinha-me dado mais do que um momento de prazer. Ele tinha-me dado a força para enfrentar o fracasso e transformá-lo em sucesso.