Meu Ex Me Indicou para um Trabalho e o Resultado Foi Surpreendente
O sol começava a descer sobre Lisboa, pintando o céu de tons quentes e dourados. Ana caminhava apressada pela Rua Augusta, o salto alto ecoando no calçamento. O coração batia acelerado, não só pela pressa, mas pela expectativa. O convite para a entrevista de emprego tinha sido inesperado, vindo de uma fonte que ela jamais imaginaria: o seu ex-namorado, Pedro.
Haviam terminado há dois anos, num rompimento que deixara marcas profundas. Pedro era ambicioso, focado na carreira, e Ana sentira-se negligenciada, como se fosse sempre a segunda opção. Mas o tempo curava feridas, e quando ele lhe enviara uma mensagem a dizer que havia uma vaga na empresa onde trabalhava, Ana hesitara, mas acabara por aceitar. Precisava do emprego.
Ao entrar no edifício moderno de vidro e aço, sentiu um frio na barriga. O ambiente era imponente, e ela sentiu-se pequena. Foi recebida por uma assistente que a levou até uma sala de reuniões. Quando a porta se abriu, lá estava ele. Pedro. O mesmo sorriso fácil, o mesmo olhar penetrante que a fazia sentir-se nua mesmo vestida.
— Ana, que bom ver-te — disse ele, levantando-se para cumprimentá-la. O aperto de mão foi firme, mas breve. — Senta, por favor.
A entrevista correu bem, melhor do que ela esperava. Pedro era profissional, mas havia algo no ar, uma tensão que ela não conseguia ignorar. Quando ele perguntou sobre as suas motivações, ela hesitou, mas acabou por ser honesta.
— Preciso de um novo desafio, Pedro. E, apesar de tudo, confio na tua recomendação.
Ele sorriu, um sorriso que ela conhecia bem, cheio de segundas intenções.
— Estou contente por teres vindo. Acho que vais gostar daqui.
No final da entrevista, Pedro sugeriu que fossem tomar um café para discutir os detalhes. Ana aceitou, ainda que algo dentro dela a alertasse para ter cuidado. Sentaram-se num café próximo, e a conversa fluiu naturalmente, como nos velhos tempos. Mas havia algo mais, uma corrente elétrica que parecia ligá-los.
— Sabes, Ana, nunca deixei de pensar em ti — confessou ele, de repente, os olhos fixos nela.
Ela sentiu o rosto corar, mas manteve a compostura.
— Pedro, isso foi há dois anos. Ambos seguimos em frente.
— Seguimos? — ele perguntou, inclinando-se para a frente. — Ou apenas tentámos esquecer?
Ana não respondeu. O olhar dele era intenso, e ela sentiu-se atraída, como se fosse um íman. Quando ele sugeriu que fossem ao seu apartamento para continuar a conversa, ela sabia que estava a cruzar uma linha. Mas algo dentro dela não se importava.
O apartamento era minimalista, mas elegante, tal como ela se lembrava. Pedro serviu-lhe um copo de vinho, e eles sentaram-se no sofá. A conversa tornou-se mais íntima, mais pessoal. E então, sem aviso, ele beijou-a. Foi um beijo intenso, cheio de desejo e de memórias. Ana respondeu ao beijo, sentindo-se perdida naquele momento.
As roupas foram-se despindo, e os corpos encontraram-se novamente, como se o tempo não tivesse passado. Foi uma noite de paixão, de descobertas, de reconciliação. Quando acordaram na manhã seguinte, Ana sabia que as coisas nunca mais seriam as mesmas. Pedro ofereceu-lhe o emprego, mas ela recusou. Havia algo mais importante a ser reconstruído entre eles. E, desta vez, estavam dispostos a tentar.