O Amigo do Meu Pai: Histórias, Significado e Impacto na Família
O sol começava a descer, tingindo o céu de tons quentes que se refletiam nas janelas da casa. A sala estava silenciosa, apenas o tique-taque do relógio de parede quebrava o silêncio. Clara sentava-se no sofá, as pernas cruzadas, com um livro nas mãos, mas a sua atenção estava longe das páginas. O som da chave a girar na fechada fez com que erguesse o olhar.
Foi ele quem entrou, como sempre fazia às quintas-feiras. O amigo do seu pai, Ricardo, um homem de meia-idade, com um ar sempre impecável, trazia consigo uma aura de confiança que Clara não conseguia ignorar. Ele sorriu ao vê-la, cumprimentando-a com um aceno de cabeça.
“Boa tarde, Clara. O teu pai está?”
“Está no escritório”, respondeu ela, tentando manter a voz firme. Mas havia algo na maneira como ele a olhava que a fazia sentir-se exposta, como se ele pudesse ler os seus pensamentos mais íntimos.
Ricardo aproximou-se, deixando cair a pasta no sofá ao lado dela. O seu perfume, uma mistura de madeira e algo mais profundo, envolveu-a. Ele sentou-se, esticando as pernas, e começou a falar sobre o trabalho, sobre os negócios que partilhava com o seu pai. Clara tentou concentrar-se nas suas palavras, mas a sua mente vagueava, imaginando como seria sentir as suas mãos a percorrer o seu corpo.
De repente, ele parou de falar, e o silêncio que se seguiu foi carregado de tensão. Clara olhou para ele, e os seus olhares cruzaram-se. Havia algo nos seus olhos, uma intensidade que a fez sentir-se quente, como se o ar à sua volta tivesse ficado mais denso.
“Clara”, disse ele, a sua voz baixa e rouca. “Há algo que eu preciso de te dizer.”
Ela engoliu em seco, sentindo o coração a bater mais rápido. “O quê?”
Ele inclinou-se para a frente, aproximando o rosto do dela. “Eu não consigo parar de pensar em ti.”
As palavras ecoaram na sua mente, e Clara sentiu-se tonta, como se o chão tivesse desaparecido debaixo dos seus pés. Antes que pudesse responder, ele estendeu a mão, tocando-lhe o rosto com uma suavidade que a fez estremecer.
“Ricardo…” sussurrou ela, mas ele silenciou-a com um beijo, os seus lábios a encontrarem os dela com uma paixão que a deixou sem fôlego. O mundo à sua volta desapareceu, e tudo o que existia era ele, o seu toque, o seu sabor.
As suas mãos deslizaram pelo seu corpo, explorando cada curva, cada centímetro da sua pele. Clara deixou-se levar pela onda de desejo, esquecendo-se de tudo o que a rodeava. Ele era o amigo do seu pai, mas naquele momento, era apenas o homem que a fazia sentir-se viva.
Quando ele a levou para o quarto, Clara sabia que nada voltaria a ser o mesmo. E, no fundo, ela não queria que fosse.