O Ciclista e o Porteiro: Como uma Rua Escura Me Deixou em Apuros

O Ciclista e o Porteiro: Como uma Rua Escura Me Deixou em Apuros

A noite caía sobre a cidade como um manto pesado, e as ruas estreitas do bairro antigo mergulhavam numa penumbra que parecia engolir tudo ao redor. Eu pedalava devagar, o som das rodas a ecoar nas paredes de pedra, enquanto tentava encontrar o caminho de volta para casa. A luz do meu farol era fraca, quase inútil, e as sombras dançavam à minha frente como fantasmas brincalhões.

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Foi então que vi a silhueta de um homem à minha frente, parado sob um candeeiro que mal iluminava o seu rosto. Era o porteiro do prédio ao lado, um homem de meia-idade, com um ar calmo e um sorriso que sempre me deixava intrigada. Ele usava o seu uniforme azul-escuro, as mãos nos bolsos, e os olhos fixos em mim.

— Perdida? — perguntou, a voz suave mas carregada de uma intenção que não consegui decifrar.

— Um pouco — admiti, parando a bicicleta a alguns metros dele. — Acho que me enganei no caminho.

Ele aproximou-se, os passos lentos e deliberados, e eu senti um arrepio a percorrer-me a espinha. Havia algo na maneira como ele me olhava, algo que me fazia sentir exposta, mesmo estando completamente vestida.

— Esta rua é perigosa à noite — disse ele, parando ao meu lado. — Principalmente para uma rapariga sozinha.

O tom da sua voz era quase paternal, mas os olhos contavam uma história diferente. Eles percorreram o meu corpo, demorando-se nas pernas, na cintura, no decote da minha camisola. Eu senti o calor a subir-me às faces, mas não consegui desviar o olhar.

— Talvez devesses entrar — sugeriu ele, indicando o prédio atrás de si. — Posso-te mostrar o caminho mais seguro.

Hesitei, mas a curiosidade foi mais forte. Deixei a bicicleta encostada à parede e segui-o para dentro do prédio. O corredor era estreito, mal iluminado, e o cheiro a mofo enchia o ar. Ele levou-me até ao pequeno escritório do porteiro, onde uma única lâmpada pendia do teto, lançando uma luz amarelada sobre a mesa desarrumada e a cadeira desgastada.

— Senta-te — disse ele, fechando a porta atrás de nós. — Vou ver se encontro um mapa.

Sentei-me na cadeira, as mãos a tremer ligeiramente, enquanto ele se virava para uma prateleira cheia de papéis. Mas, em vez de procurar um mapa, ele voltou-se para mim, os olhos escuros e intensos.

— Sabes, há algo em ti que me deixa fascinado — murmurou, aproximando-se lentamente. — Algo que não consigo ignorar.

Eu senti o coração a bater mais rápido, o ar a faltar-me nos pulmões. Ele colocou uma mão no braço da cadeira, inclinando-se para mim, e eu senti o calor do seu corpo a envolver-me como um cobertor pesado.

— Não devias estar aqui — sussurrou ele, os lábios a roçarem a minha orelha. — Mas agora que estás, não te vou deixar ir tão cedo.

As suas mãos deslizaram pelas minhas pernas, subindo devagar, e eu senti-me a derreter sob o seu toque. O medo misturava-se com o desejo, e eu sabia que estava a entrar num território perigoso. Mas, naquele momento, não conseguia pensar em mais nada além daquela sensação, daquela necessidade que crescia dentro de mim.

Ele puxou-me para cima, os lábios a encontrarem os meus num beijo profundo e ardente. As suas mãos exploravam o meu corpo, desabotoando a minha camisola, deslizando por baixo do meu sutiã. Eu deixei-me levar, os dedos a agarrarem-se às suas costas, a sentir a força dos seus músculos sob o uniforme.

A rua escura lá fora parecia um mundo distante, e eu sabia que, naquele momento, estava completamente à mercê dele. E, por mais assustador que fosse, não queria que acabasse.