Como a Coroa do Pau Grosso Acabou Comigo: Um Relato Impactante
O sol poente tingia o horizonte de tons dourados quando entrei naquela floresta densa, guiada por um impulso que não conseguia explicar. O ar estava carregado de uma energia estranha, quase palpável, e os sons da natureza pareciam sussurrar segredos antigos. Caminhava sem destino, até que avistei algo que me fez parar de repente: uma árvore colossal, com um tronco tão largo que parecia desafiar a própria gravidade. Era o Pau Grosso, como os locais o chamavam, e algo em sua presença me atraía de forma irresistível.
Aproximei-me, sentindo a casca áspera sob as pontas dos meus dedos. Foi então que vi a coroa. Pendurada num galho baixo, era uma peça de arte primitiva, feita de ramos entrelaçados e adornada com folhas brilhantes. Parecia ter sido colocada ali de propósito, como se esperasse por alguém. Sem pensar, estiquei a mão e toquei nela.
Um arrepio percorreu meu corpo, e de repente o mundo ao meu redor mudou. A floresta ficou mais escura, mais silenciosa, e uma sensação de calor começou a emanar do meu interior. Senti-me estranhamente leve, como se o próprio ar me sustentasse. A coroa parecia pulsar em minha mão, e uma voz suave, quase imperceptível, sussurrou dentro da minha mente.
“Coloca-me.”
A ordem era clara, e eu não hesitei. Coloquei a coroa na cabeça, e imediatamente fui envolvida por uma onda de prazer tão intenso que quase perdi o equilíbrio. Meu corpo reagiu de formas que nunca antes experimentara, cada fibra do meu ser parecendo vibrar em sintonia com a floresta. Era como se a coroa tivesse despertado algo em mim, algo selvagem e indomável.
Comecei a sentir o tronco do Pau Grosso de uma maneira diferente. A casca áspera agora parecia macia, quase carinhosa, e o calor que emanava dele era convidativo. Sem pensar, encostei-me ao tronco, sentindo a sua energia fluir para mim. Era como se a árvore e eu fôssemos uma só coisa, conectadas de uma forma que transcendia a compreensão.
As minhas mãos exploravam o tronco, e eu sentia uma necessidade crescente de me fundir com ele. A coroa na minha cabeça parecia intensificar cada sensação, cada toque, cada respiração. Foi então que percebi que o tronco não era apenas uma árvore; era algo mais, algo vivo, algo que me desejava tanto quanto eu o desejava.
Senti-me puxada para mais perto, e de repente o tronco abriu-se, revelando uma cavidade quente e úmida. Sem hesitar, entrei, sentindo o calor envolver-me completamente. Era como ser abraçada por algo maior, algo que me entendia de uma forma que ninguém mais poderia. A coroa na minha cabeça brilhava, e eu sabia que estava exatamente onde devia estar.
O prazer era indescritível, uma onda interminável de sensações que me levava cada vez mais alto. Senti-me parte da floresta, parte do Pau Grosso, parte de algo tão antigo e poderoso que era impossível compreender completamente. E então, num último suspiro de êxtase, percebi que a coroa não era apenas uma coroa; era um portal, uma ligação entre o mundo humano e algo muito mais profundo, muito mais intenso.
Quando finalmente saí da cavidade, o sol já havia desaparecido completamente, e a floresta estava envolta em sombras. A coroa ainda estava na minha cabeça, mas agora parecia mais leve, como se tivesse cumprido o seu propósito. Sabia que nunca mais seria a mesma, que aquela experiência me tinha mudado para sempre.
E assim, com a coroa do Pau Grosso como testemunha, deixei a floresta, levando comigo o segredo de uma noite que jamais esqueceria.