Pintando o 7: Dicas, Significado e Curiosidades Sobre Esta Expressão Popular

Pintando o 7: Dicas, Significado e Curiosidades Sobre Esta Expressão Popular

Num ateliê discreto, escondido num beco estreito de Lisboa, a luz do entardecer filtrada pelas cortinas de renda pintava o chão de sombras dançantes. Clara, uma artista plástica de mãos hábeis e olhar inquisitivo, preparava-se para mais uma sessão de pintura. No entanto, desta vez, o modelo era diferente: era ele, João, o vizinho que sempre a observava com um sorriso tímido quando cruzavam os corredores do prédio.

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Ele estava nu, sentado num banco de madeira, o corpo delineado pela luz suave que entrava pela janela. Clara sentia o coração acelerar enquanto misturava as tintas na paleta, os dedos tremendo ligeiramente. João, por sua vez, parecia tranquilo, mas o olhar fixo nela denunciava uma tensão que ambos sabiam existir.

— Estás confortável? — perguntou ela, tentando disfarçar a voz trémula.

— Mais ou menos — respondeu ele, com um sorriso travesso. — Mas acho que posso aguentar.

Clara começou a pintar, os pincéis deslizando sobre a tela com movimentos precisos. Mas, à medida que o tempo passava, o ar entre eles tornava-se mais denso, carregado de uma energia que não podia ser ignorada. João, que inicialmente mantinha uma pose formal, começou a relaxar, os músculos a contraírem-se ligeiramente, como se estivesse a lutar contra um desejo crescente.

— Estás a pintar o quê? — perguntou ele, a voz mais rouca do que o habitual.

— Estou a pintar o sete — respondeu Clara, com um sorriso malicioso. — Sabes o que significa?

João riu-se, mas o riso foi abafado por um suspiro quando ela se aproximou, o pincel ainda na mão. A ponta das cerdas tocou-lhe no peito, desenhando uma linha suave que o fez estremecer.

— Pintar o sete é fazer coisas que não são convencionais — sussurrou ela, os olhos a brilhar com um misto de desafio e desejo. — É deixar-se levar pelo instinto, sem medo das consequências.

João não resistiu. Agarrou-a pelo braço, puxando-a para si. A paleta caiu no chão, as tintas espalhando-se num arco de cores vivas, mas nenhum dos dois se importou. Os lábios encontraram-se num beijo ardente, as mãos explorando corpos que há tanto tempo ansiavam por este momento.

Naquele ateliê, entre telas e pincéis, Clara e João pintaram o sete de uma forma que nenhum deles esqueceria. E, quando a noite caiu, deixando o quarto mergulhado na penumbra, a única obra de arte que importava era a que haviam criado juntos, num momento de pura paixão e entrega.