Descubra a História Encantadora de Seu Jailton e Dudinha!
Num pequeno vilarejo à beira do rio, onde o tempo parecia fluir tão lentamente quanto as águas calmas, viviam Jailton e Dudinha. Ele, um homem robusto de mãos calejadas, trabalhava na carpintaria local, moldando madeira com uma precisão que só os anos de ofício podiam ensinar. Ela, uma mulher de cabelos negros como a noite e olhos que brilhavam como estrelas, era a costureira do povoado, tecendo sonhos em cada ponto que dava.
Os dois eram vizinhos, separados apenas por uma cerca de madeira que Jailton construíra anos atrás. Todas as manhãs, Dudinha abria a janela do seu quarto e via Jailton já a trabalhar na sua oficina, o suor a escorrer-lhe pela testa enquanto moldava uma nova peça. Ele, por sua vez, não perdia a oportunidade de olhar para ela, admirando a forma como os raios de sol dançavam sobre a sua pele.
Uma tarde quente de verão, Dudinha decidiu levar-lhe um copo de limonada fresca. Ao entrar na oficina, o cheiro a madeira e a serradura encheram-lhe as narinas. Jailton estava curvado sobre uma mesa, a lixar uma peça com movimentos firmes e precisos.
— Aqui tens, Jailton. Pareces precisar disto — disse ela, colocando o copo ao seu lado.
Ele ergueu os olhos e sorriu, os lábios secos e rachados pelo calor.
— Obrigado, Dudinha. És um anjo.
Ela riu, um som suave que ecoou pela oficina.
— Anjo? Não exageres.
Jailton deixou a lixa de lado e aproximou-se dela, os olhos a fixarem-se nos seus.
— Mas és. Sempre foste.
O ar entre eles pareceu ficar mais denso, carregado de uma tensão que ambos sentiam há anos, mas nunca ousaram enfrentar. Dudinha baixou o olhar, sentindo o coração a bater mais depressa.
— Jailton… — sussurrou, mas as palavras perderam-se no ar quando ele lhe tocou no rosto, a mão áspera mas suave ao mesmo tempo.
— Dudinha, há tanto tempo que quero fazer isto — confessou ele, a voz rouca de emoção.
Ela olhou para ele, os olhos cheios de uma mistura de medo e desejo. Antes que pudesse responder, Jailton inclinou-se e os seus lábios encontraram os dela num beijo que foi ao mesmo tempo doce e ardente. Dudinha deixou-se levar, as mãos a agarrarem-lhe os ombros enquanto o beijo se aprofundava.
A oficina, outrora cheia de sons de serras e martelos, ficou em silêncio, exceto pelo som dos seus suspiros e batimentos cardíacos acelerados. Jailton pegou nela ao colo, levando-a para um canto mais privado da oficina, onde uma pilha de mantas macias aguardava.
— Dudinha, quero-te há tanto tempo — murmurou ele, os lábios a percorrerem o seu pescoço.
— E eu a ti, Jailton — respondeu ela, os dedos a deslizarem pelo seu peito musculoso.
Naquele momento, o mundo exterior desapareceu. Só existiam eles, os seus corpos entrelaçados, os seus desejos finalmente libertados. A madeira da oficina testemunhou o seu amor, guardando o segredo daquela tarde quente de verão, onde Jailton e Dudinha descobriram que o amor, como a madeira que ele trabalhava, podia ser moldado, mas nunca quebrado.