Sr. Oliveira Revela o Seu Lado Tarado no Conto Número 11

Sr. Oliveira Revela o Seu Lado Tarado no Conto Número 11

Num recanto discreto de Lisboa, o Sr. Oliveira era conhecido pela sua postura austera e pela loja de antiguidades que geria com mão firme. Homem de meia-idade, de cabelos grisalhos e olhos penetrantes, ele parecia alheio aos desejos mundanos. No entanto, por trás da fachada de respeitabilidade, escondia um segredo que apenas se revelava nas páginas de um antigo caderno de contos, guardado a sete chaves no fundo de uma gaveta.

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Era o conto número 11 que mais o fascinava. Escrito numa caligrafia sinuosa, descrevia uma noite de verão em que um homem, após fechar a loja, era abordado por uma mulher misteriosa. Ela, de olhos verdes e lábios carnudos, entrava sem dizer uma palavra, mas o seu olhar dizia tudo. O Sr. Oliveira lia e relia aquelas linhas, imaginando-se no lugar do protagonista.

Numa noite quente de agosto, enquanto arrumava a loja, ouviu a campainha tilintar. Ao virar-se, deparou-se com uma mulher idêntica à do conto. Vestia um vestido vermelho justo, que delineava cada curva do seu corpo. Os seus olhos verdes fixaram-se nele, e o Sr. Oliveira sentiu um calor subir-lhe pelo corpo.

“Posso ajudá-la?”, perguntou, a voz um pouco rouca.

Ela sorriu, aproximando-se lentamente. “Estou à procura de algo… especial.”

O Sr. Oliveira engoliu em seco. “E o que seria?”

Ela parou a poucos centímetros dele, o perfume envolvente a invadir-lhe os sentidos. “Algo que me faça sentir viva.”

Sem pensar, ele levou-a até ao escritório, onde o caderno estava aberto no conto número 11. Ela leu algumas linhas e riu, um som suave e sedutor. “Gosta de histórias, Sr. Oliveira?”

Ele não respondeu, mas o desejo nos seus olhos era evidente. Ela colocou o caderno de lado e aproximou-se novamente, os dedos a deslizarem pelo seu peito. “Talvez possamos criar a nossa própria história.”

E assim foi. Naquela noite, o Sr. Oliveira deixou-se levar pelos desejos que há tanto tempo reprimia. O conto número 11 ganhou vida, e ele descobriu que, por vezes, a realidade pode ser ainda mais intensa do que a ficção.