Tempos de Brasília 01 Maura: Descubra Tudo Sobre o Carro Icónico
O sol poente tingia o céu de Brasília de tons dourados, refletindo-se nas linhas modernistas da cidade. Maura caminhava pela Esplanada dos Ministérios, o vento suave a brincar com o seu vestido leve. Estava de regresso ao local onde tudo começara, onde o seu fascínio pelo icónico carro dos anos 60 se transformara numa paixão ardente.
Recordava o dia em que, ainda adolescente, vira pela primeira vez o “Tempos de Brasília 01” num museu automóvel. O design elegante, as curvas suaves, o interior aconchegante. Era mais do que um carro; era um símbolo de liberdade, de rebeldia, de desejo. E agora, anos depois, tinha um. O seu. Estacionado ali, à sua espera, como um amante paciente.
Maura aproximou-se do veículo, deslizando a mão sobre a carroçaria reluzente. Sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. Abriu a porta e entrou, o cheiro a couro enchendo-lhe as narinas. Sentou-se ao volante, os dedos a acariciarem o revestimento macio. Ligou o motor, o ronco suave a ecoar no silêncio da tarde.
Conduziu pelas ruas desertas, a sensação de poder a invadi-la. O carro parecia responder aos seus toques mais leves, como se fossem um só. Parou num miradouro isolado, com vista para a cidade iluminada. Saiu do carro, o vestido a esvoaçar ao vento. Encostou-se à porta, os lábios a formarem um sorriso malicioso.
Fechou os olhos, deixando-se levar pelas memórias. Do primeiro beijo partilhado no banco traseiro, das mãos ávidas a explorarem cada centímetro do outro, dos gemidos abafados pelo ronco do motor. O carro não era apenas um objeto; era um cúmplice, um testemunho dos seus desejos mais secretos.
Maura abriu os olhos, o corpo a arder de vontade. Entrou novamente no carro, deslizando para o banco traseiro. As mãos percorreram o seu corpo, o toque a acender-lhe a pele. O couro fresco contra as suas costas, o cheiro a misturar-se com o seu perfume. Era ali, naquele espaço íntimo, que ela se sentia mais viva, mais livre, mais ela.
O vento trouxe consigo o som distante de uma música, um ritmo que se fundiu com o bater do seu coração. Maura deixou-se levar pela onda de prazer, o corpo a tremer, os suspiros a ecoarem no interior do carro. Quando a onda passou, ficou ali, deitada, a olhar para o teto, um sorriso de satisfação nos lábios.
O “Tempos de Brasília 01” não era apenas um carro. Era uma extensão dela, um símbolo da sua paixão, da sua liberdade, do seu desejo. E ali, naquele momento, Maura sabia que nunca mais seria a mesma.