Traí Uma, Duas, Três Vezes e Vici: Como Lidar com a Culpa e Superar o Vício

Traí Uma, Duas, Três Vezes e Vici: Como Lidar com a Culpa e Superar o Vício

A noite caía sobre a cidade, e o apartamento de Sofia estava envolto num silêncio pesado, apenas cortado pelo tique-taque do relógio na parede. Ela sentou-se no sofá, as pernas cruzadas, o olhar perdido no vazio. As memórias daquela tarde invadiam-lhe a mente, como ondas que não paravam de bater. A pele de Miguel ainda parecia queimar-lhe as mãos, o sabor dos seus lábios ainda fresco na boca. Era a terceira vez. A terceira vez que traía o marido.

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Sofia levantou-se, inquieta, e dirigiu-se à cozinha. Abriu a gaveta e tirou de lá uma garrafa de vinho tinto. Encheu um copo até à borda e bebeu-o de um só trago. O álcool ardia-lhe na garganta, mas não era suficiente para apagar a culpa que a consumia por dentro. Miguel era o seu colega de trabalho, um homem charmoso, de olhos verdes que pareciam ver através dela. Desde o primeiro olhar, sentira uma atração incontrolável. E agora, estava viciada nele.

O telemóvel vibrou sobre o balcão. Era uma mensagem de Miguel: *”Preciso de te ver.”* Sofia sentiu um frio na espinha. Sabia que devia ignorar, que devia parar antes que fosse tarde demais. Mas o corpo dela já respondia, o coração acelerado, as mãos trémulas. Era como uma droga, e ela não conseguia resistir.

Enviou uma resposta rápida: *”Amanhã, ao meio-dia, no hotel.”* Depois, desligou o telemóvel e deixou-se cair numa cadeira. O vinho já não a ajudava. A culpa era como uma sombra que a seguia para todo o lado. O marido, Pedro, estava no quarto, a dormir. Um homem bom, dedicado, que nunca suspeitaria de nada. E ela, ali, a traí-lo repetidamente.

No dia seguinte, Sofia entrou no quarto do hotel com o coração aos saltos. Miguel estava à espera, sentado na cama, apenas de calças. O olhar dele era intenso, e ela sentiu-se derreter. Sem palavras, aproximou-se, e os lábios deles encontraram-se num beijo ardente. As mãos de Miguel deslizaram pelo seu corpo, tirando-lhe a roupa com uma urgência que a deixava sem ar. Era errado, sabia que era, mas não conseguia parar.

Depois, deitada na cama, o corpo ainda a tremer, Sofia olhou para o teto e sentiu a culpa a apertar-lhe o peito. Miguel deitou-se ao seu lado, passando-lhe uma mão pelo cabelo. “Não te preocupes”, sussurrou ele. “Ninguém vai descobrir.”

Mas Sofia sabia que não era só isso. O problema não era ser descoberta. Era o vício, a necessidade de sentir aquela adrenalina, aquela paixão proibida. E, ao mesmo tempo, o remorso que a consumia cada vez que olhava para Pedro.

Naquela noite, ao chegar a casa, Pedro abraçou-a como sempre fazia. “Estás bem?”, perguntou ele, preocupado. Sofia sorriu, mas o sorriso não chegou aos olhos. “Estou bem”, mentiu. E, enquanto se deitava ao lado dele, prometeu a si mesma que aquela seria a última vez. Mas, no fundo, sabia que não era verdade. O vício era mais forte do que ela. E a culpa? A culpa era uma companhia constante, um peso que carregaria para sempre.