Descubra Tudo Sobre a Pastora: História, Funções e Curiosidades
A luz do sol filtrada pelas cortinas de linho pintava o quarto de tons dourados. Clara, a pastora da pequena aldeia de Vale Sereno, sentou-se à beira da cama, os dedos a deslizar suavemente sobre o tecido macio da sua saia de lã. Era um dia como outro qualquer, mas algo no ar parecia diferente, como se o próprio vento sussurrasse segredos que só ela podia ouvir.
Desde que assumira o papel de pastora, Clara dedicara-se de corpo e alma ao rebanho e à comunidade. Sabia cada ovelha pelo nome, conhecia os seus hábitos, os seus medos e as suas necessidades. Mas, naquele momento, era ela quem sentia uma necessidade desconhecida a arder dentro de si. Um desejo que não podia ignorar.
Vestiu-se rapidamente, calçou as botas de couro e saiu para o campo. O ar fresco da manhã envolveu-a, mas não conseguiu dissipar o calor que sentia. O rebanho estava tranquilo, pastando ao longe, e ela caminhou até à margem do riacho, onde a água cristalina corria suavemente. Sentou-se na relva, os dedos a brincar com as folhas verdes, enquanto o som da água a acalmava.
Foi então que o viu. Miguel, o novo pastor contratado para ajudá-la, aproximava-se com um sorriso nos lábios. Era alto, de ombros largos, e os seus olhos castanhos pareciam guardar histórias que Clara queria desvendar. Ele sentou-se ao seu lado, e por um momento, apenas o som do riacho preencheu o silêncio entre eles.
“Está tudo bem, Clara?” perguntou ele, a voz suave como a brisa da manhã.
Ela olhou para ele, e algo na sua expressão fez com que o coração batesse mais rápido. “Sim, só… só estava a pensar.”
Miguel inclinou-se para ela, os seus lábios tão perto que ela podia sentir o calor do seu hálito. “E em que estavas a pensar?”
Clara sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. “Em ti,” confessou, a voz quase um sussurro.
Ele sorriu, e então os seus lábios encontraram os dela num beijo que foi ao mesmo tempo suave e ardente. As mãos dele deslizaram pelo seu corpo, explorando cada curva, enquanto ela se entregava ao desejo que tanto tempo tinha reprimido. O mundo ao redor desapareceu, e só existiam os dois, unidos pela paixão que os consumia.
Naquele momento, Clara descobriu que ser pastora era muito mais do que cuidar do rebanho. Era também sobre se permitir sentir, sobre se entregar aos desejos do coração e do corpo. E, enquanto o sol continuava a brilhar sobre Vale Sereno, ela soube que a sua vida nunca mais seria a mesma.