Além das Aparências: Encontrando o Próprio Caminho – Capítulo 68 | Reflexões e Descobertas

Além das Aparências: Encontrando o Próprio Caminho – Capítulo 68 | Reflexões e Descobertas

Num dia cinzento de outono, em que as folhas caíam lentamente, como se o tempo se arrastasse, Sofia caminhava pela rua estreita do bairro antigo. O vento frio levava consigo o cheiro da terra molhada, mas ela não sentia o frio. O seu pensamento estava noutro lugar, num lugar que só ela conhecia, um lugar onde as aparências se desfaziam e o verdadeiro eu emergia.

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Há semanas que Sofia se sentia presa, como se algo dentro dela estivesse a lutar para sair. A sua vida era perfeita aos olhos dos outros: um emprego estável, um apartamento acolhedor, amigos que a admiravam. Mas, no silêncio da noite, quando o mundo dormia, ela sentia-se vazia. Algo faltava, algo que não conseguia nomear.

Foi numa dessas noites que ela decidiu explorar o desconhecido. Num impulso, entrou num clube discreto, escondido numa rua lateral. A fachada era simples, quase insignificante, mas o interior era outro mundo. Luzes suaves iluminavam o espaço, e o ar estava carregado de um perfume doce e intoxicante. As pessoas moviam-se com uma graça que parecia quase sobrenatural, como se estivessem num sonho.

Sofia sentou-se num canto, observando. Não demorou muito até que alguém se aproximasse. Era uma mulher, de cabelos negros como a noite e olhos que pareciam ver através dela. Chamava-se Clara, e havia algo nela que atraía Sofia como um ímã.

— Estás perdida? — perguntou Clara, com uma voz suave que fez Sofia estremecer.

— Talvez — respondeu Sofia, sentindo o coração acelerar.

Clara sorriu, como se soubesse exatamente o que Sofia estava a sentir. Estendeu a mão, e Sofia, sem hesitar, aceitou-a. Foi levada para uma sala privada, onde as paredes eram cobertas por cortinas de seda e o chão por tapetes macios. O ar estava quente, e Sofia sentiu-se envolta numa sensação de segurança que nunca antes experimentara.

Clara aproximou-se, os seus lábios quase a tocar o ouvido de Sofia.

— Deixa-te ir — sussurrou. — Descobre o que realmente queres.

E Sofia deixou-se ir. As mãos de Clara deslizaram pelo seu corpo, despertando sensações que ela nunca imaginara possíveis. Cada toque era uma descoberta, cada beijo uma revelação. Sofia sentiu-se viva, como se finalmente tivesse encontrado o caminho que tanto procurava.

Naquela noite, Sofia descobriu que as aparências são apenas uma ilusão. O verdadeiro eu está além delas, num lugar onde não há medo, nem vergonha, apenas a pura essência de quem somos. E, ao lado de Clara, ela encontrou o seu caminho.

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