Como Lidar com o Calor no Escritório: Dicas Essenciais para um Ambiente de Trabalho Confortável
O ar condicionado avariara naquele dia mais quente de Verão, e o escritório transformara-se numa estufa. As persianas estavam cerradas, mas o calor insistia em infiltrar-se por cada fenda, tornando o ar pesado e difícil de respirar. As camisas colavam-se aos corpos, e os lenços de papel desapareciam rapidamente das mesas.
Maria, sentada à sua secretária, tentava concentrar-se no relatório que tinha de entregar até ao final do dia. Mas o calor era uma distração constante. As gotas de suor escorriam-lhe pelas têmporas, e ela sentia o desconforto a espalhar-se por todo o corpo. Tirou o blazer e deixou-o cair sobre a cadeira, revelando a blusa de seda que colava ao seu tronco.
Do outro lado da sala, João observava-a discretamente. Há semanas que tentava encontrar uma oportunidade para se aproximar dela, mas o trabalho e a timidez sempre o impediam. Naquele momento, porém, parecia impossível ignorar a tensão que o calor trazia consigo. Levantou-se, pegou numa garrafa de água fresca e dirigiu-se à secretária de Maria.
— Precisas de uma pausa? — perguntou, oferecendo-lhe a garrafa.
Ela olhou para ele, surpresa, mas agradecida. — Obrigada. Está insuportável, não está?
— É verdade. Mas talvez haja uma maneira de nos refrescarmos — sugeriu ele, com um sorriso tímido.
Maria arqueou uma sobrancelha, curiosa. — O que estás a sugerir?
João inclinou-se para ela, baixando a voz. — O arquivo. É o único sítio com ar condicionado a funcionar.
Ela hesitou por um momento, mas o calor era demasiado para resistir. Seguiu-o até ao arquivo, um pequeno quarto no fundo do escritório. Assim que a porta se fechou atrás deles, o ar fresco envolveu-os como um abraço.
— Isto é muito melhor — suspirou Maria, fechando os olhos por um momento.
João observou-a, incapaz de desviar o olhar. A blusa de seda colava ao seu corpo de uma maneira que o deixava sem fôlego. Sem pensar, aproximou-se dela e colocou uma mão no seu ombro.
— Maria — sussurrou, a voz carregada de desejo.
Ela abriu os olhos e fitou-o, sentindo o coração acelerar. O calor do escritório parecia ter-se transformado em algo diferente, algo que ardia dentro dela. Sem dizer uma palavra, inclinou-se para ele, os lábios encontrando-se num beijo intenso e cheio de necessidade.
As mãos de João deslizaram pela sua cintura, puxando-a para mais perto. Maria deixou escapar um gemido baixo, os dedos entrelaçando-se nos cabelos dele. O ar condicionado zumbia ao fundo, mas o calor entre eles era incontrolável.
— Isto é uma má ideia — murmurou ela, entre beijos.
— A pior — concordou ele, mas nem um nem outro pararam.
As roupas começaram a cair no chão, e o arquivo transformou-se num refúgio de paixão. O calor do escritório ficara para trás, substituído por uma chama que os consumia por completo. E, naquele momento, nada mais importava.