Compreender a Miopia: Desvendar o Mundo dos Sonhos com Visão Clara

A luz suave da lua entrava pela janela do quarto, iluminando o corpo de Sofia, que estava deitada na cama, os óculos delicadamente pousados na mesa de cabeceira. A miopia era uma constante na sua vida, mas naquele momento, o mundo desfocado ao seu redor parecia apenas acrescentar um toque de mistério à atmosfera. As formas indistintas dos móveis, as sombras dançantes nas paredes — tudo parecia fazer parte de um sonho.

Foi então que ele entrou no quarto, silencioso como um suspiro. Miguel, o seu namorado, sabia que Sofia se sentia vulnerável sem os óculos, e isso excitava-o de uma forma que ele mal conseguia explicar. Aproximou-se dela, os seus passos quase imperceptíveis, e sentou-se na beira da cama. Os dedos dele deslizaram pelo braço dela, provocando arrepios que percorreram o seu corpo.

— Consegues ver-me? — perguntou ele, a voz rouca, cheia de intenção.

Sofia sorriu, os olhos semicerrados, tentando focar o rosto dele. — Não muito bem. Mas sinto-te.

Miguel inclinou-se para a frente, os lábios dele quase a tocar os dela. — E se eu te disser que quero que sintas tudo?

Ele tirou a camisa, deixando o torso nu exposto ao ar fresco da noite. Sofia estendeu a mão, os dedos dela explorando os contornos do seu peito, os músculos tensos sob a pele. Sem os óculos, o toque era a sua única forma de ver, e cada carícia era como desvendar um novo segredo.

Miguel deitou-se ao lado dela, o corpo dele quente contra o dela. As mãos dele deslizaram pelo corpo dela, descobrindo cada curva, cada linha que ele já conhecia de cor, mas que agora parecia nova, mais intensa. Ele beijou o pescoço dela, os lábios dele ardentes, e Sofia arqueou as costas, um gemido escapando-lhe dos lábios.

— Quero que sintas tudo — repetiu ele, a voz carregada de desejo.

Ele deslizou para baixo, os lábios dele percorrendo o corpo dela como se estivesse a ler um mapa. Cada beijo, cada toque era uma nova descoberta, uma nova forma de ver. Sofia fechou os olhos, entregando-se à sensação, deixando que o mundo desfocado ao seu redor desaparecesse, deixando apenas o prazer, puro e intenso.

Quando ele finalmente a penetrou, foi como se o mundo inteiro se focasse de repente. O corpo dela arqueou, os dedos dela agarrando-se a ele, como se ele fosse a sua âncora num mar de sensações. Cada movimento dele era uma revelação, cada gemido uma confissão.

E, naquele momento, Sofia percebeu que a miopia não era uma limitação, mas sim uma forma de ver o mundo de uma maneira diferente. Com os olhos fechados, o mundo dos sonhos tornava-se claro, e Miguel era o seu guia, levando-a a lugares que ela nunca imaginara ser possível alcançar.

Quando o êxtase finalmente os atingiu, foi como se o mundo inteiro se tivesse focado de uma vez só. Sofia abriu os olhos, o rosto de Miguel nítido e claro, como se ele fosse a única coisa que realmente importava.

— Agora vês-me? — perguntou ele, a voz suave, cheia de amor.

Sofia sorriu, os dedos dela acariciando o rosto dele. — Vejo-te perfeitamente.