Reveillon na Praia: Matando a Saudade com Estilo e Tradição
O sol mergulhava no horizonte, tingindo o céu de tons quentes de laranja e rosa, enquanto a brisa suave do mar agitava os cabelos de Sofia. A praia estava quase deserta, apenas alguns casais caminhavam pela areia, aproveitando o último dia do ano. Ela respirou fundo, sentindo o cheiro salgado do oceano, e sorriu ao pensar na tradição que sempre mantinha no Reveillon: vestir branco e pular sete ondas à meia-noite para atrair sorte. Mas este ano seria diferente.
Pedro chegou discretamente, calçando chinelos e com uma camisa branca aberta sobre o peito bronzeado. Os olhos dela brilharam ao vê-lo. Era um amigo de infância, alguém que ela não via há anos, mas com quem sempre partilhava uma conexão intensa. A saudade era palpável, e o reencontro, inevitável.
— Não acredito que estás aqui — disse ela, abraçando-o com força.
— Nem eu. Mas quando soube que estavas na praia, não resisti — respondeu ele, com um sorriso que fazia o coração dela acelerar.
Caminharam pela praia, relembrando histórias e rindo como antigamente. A noite caiu, e o céu encheu-se de estrelas. Aproximaram-se da água, onde as ondas quebravam suavemente na areia. Sofia tirou os sapatos e mergulhou os pés na água fria, arrepios percorrendo o seu corpo.
— Vamos pular as ondas juntos? — sugeriu Pedro, com um olhar que dizia mais do que as palavras.
Ela concordou com um aceno, e quando o relógio marcou meia-noite, entraram no mar de mãos dadas. A primeira onda molhou-lhes as pernas, a segunda as coxas, e à medida que avançavam, a água envolvia-os como um abraço quente. Na sétima onda, Pedro puxou-a para perto, e os seus corpos colaram-se, a respiração ofegante misturando-se com o som das ondas.
— Sinto tanto a tua falta — sussurrou ele, os lábios quase tocando os dela.
— Eu também — respondeu Sofia, fechando os olhos enquanto as mãos dele deslizavam pela sua cintura.
O beijo foi lento, mas intenso, como se quisessem recuperar o tempo perdido. A água do mar envolvia-os, mas o calor entre os dois era mais forte. Pedro beijou o pescoço dela, e ela arqueou as costas, sentindo o corpo dele pressionar o seu. As mãos dele exploraram cada curva, e ela deixou escapar um gemido suave, perdendo-se naquele momento.
A praia estava deserta, e o céu iluminado pelos fogos de artifício parecia testemunhar o reencontro ardente. Pedro levantou-a nos braços, e ela envolveu as pernas em torno da sua cintura, enquanto ele a levava para a areia. Deitaram-se sob as estrelas, os corpos entrelaçados, e a noite transformou-se numa dança de paixão e desejo.
Quando o amanhecer começou a despontar, Sofia olhou para Pedro, os dedos traçando o contorno do seu rosto.
— Este foi o melhor Reveillon da minha vida — disse ela, com um sorriso terno.
— Para mim também — respondeu ele, apertando-a contra o peito. — E prometo que não vou deixar que a saudade nos separe outra vez.
E ali, naquela praia, entre o mar e o céu, encontraram não apenas o reencontro, mas uma nova tradição: a de se perderem um no outro, ano após ano.