Larissa e Gustavo: Traição no Dia da Mudança e o Impacto no Pedido de Noivado
O dia da mudança estava a ser caótico. Caixas empilhadas, móveis desmontados e uma confusão que parecia não ter fim. Larissa estava exausta, mas Gustavo insistia em que tudo tinha de ficar pronto antes do pôr do sol. Ele estava obcecado com prazos, como sempre. Enquanto ela arrumava os livros na estante nova, ele desapareceu para buscar mais caixas do carro.
Foi então que o vizinho apareceu na porta. Marco era alto, de olhos verdes e um sorriso que parecia prometer mais do que palavras. Ofereceu-se para ajudar e, antes que Larissa pudesse recusar, já estava a carregar uma caixa pesada para a sala. O suor escorria pelo seu peito, visível através da camisa branca que colava ao corpo. Larissa sentiu um calor estranho a subir-lhe pelas pernas.
Enquanto Gustavo demorava lá fora, Marco aproximou-se dela. “Precisas de ajuda com isso?”, perguntou, apontando para a estante que ela tentava montar. A voz dele era suave, quase um sussurro. Larissa assentiu, sem conseguir olhá-lo nos olhos. Ele chegou mais perto, os corpos quase a tocar-se enquanto ele a ajudava a ajustar uma prateleira. O cheiro dele era intoxicante, uma mistura de suor e algo mais, algo que a fez sentir tonturas.
Sem perceber como, as mãos deles encontraram-se. Marco olhou-a fixamente, e ela não conseguiu desviar o olhar. O beijo foi inevitável, intenso, carregado de desejo. Larissa sentiu-se a afundar, o corpo a tremer enquanto as mãos dele exploravam as suas costas, depois a cintura, depois mais abaixo. Ela não resistiu, deixando-se levar pelo momento, esquecendo-se de tudo o resto.
Foi o som da porta a abrir que os separou. Gustavo entrou, carregando mais caixas, completamente alheio ao que acabara de acontecer. Larissa afastou-se rapidamente, o coração a bater descontroladamente. Marco sorriu-lhe, um sorriso que prometia segredos, antes de se despedir com um simples “Se precisarem de mais alguma coisa, estou aqui.”
À noite, Gustavo preparou um jantar romântico, surpreendendo-a com velas e vinho. “Larissa”, começou ele, ajoelhando-se e tirando uma caixinha do bolso. “Queres casar comigo?” O anel brilhava à luz das velas, mas Larissa sentiu um nó na garganta. O peso da traição esmagava-a, mas ela sorriu, forçada, e disse “Sim.”
Enquanto ele a abraçava, feliz, Larissa olhou para a janela. Marco estava lá fora, a olhar para ela. O sorriso dele era agora um lembrete silencioso do que acontecera, do segredo que ela carregaria para sempre. O “sim” ao noivado ecoou na sua mente, mas o coração dela já não pertencia inteiramente a Gustavo.
