O Desejo Pelo Seu Lado Feminino Levou à Traição: Compreenda os Motivos
Era uma noite quente de verão, e o ar pesado parecia carregar consigo um segredo que ninguém ousava pronunciar. Clara estava sentada no sofá, a luz ténue da lua a iluminar o seu rosto enquanto ela fitava o telemóvel, os dedos a tremerem ligeiramente. A mensagem que acabara de receber era clara, e as palavras queimavam-lhe os olhos: “Estou à tua espera.”
Era dele. De Marco. O homem que não devia sequer existir na sua vida, mas que, de alguma forma, se tinha tornado uma obsessão. Ele era o oposto de Pedro, o seu marido. Enquanto Pedro era seguro, previsível, Marco era perigoso, imprevisível. E era precisamente essa imprevisibilidade que a atraía, que a fazia sentir-se viva de uma forma que já não sentia há anos.
Clara levantou-se, o coração a bater descompassado. Sabia que devia ficar, que devia ignorar a mensagem, mas o desejo era mais forte do que a razão. Vestiu um vestido simples, preto, que sabia que Marco adorava, e saiu de casa sem fazer barulho. O carro estava à sua espera, e ela conduziu pelas ruas silenciosas, o vento quente a acariciar-lhe o rosto.
Quando chegou ao apartamento de Marco, ele já estava à sua espera. Estava sentado no sofá, o olhar intenso, e quando ela entrou, ele levantou-se lentamente, como se estivesse a saborear cada momento. “Sabia que virias”, disse ele, a voz baixa e rouca.
Clara não respondeu. Em vez disso, aproximou-se dele, os olhos fixos nos seus. Marco envolveu-a nos seus braços, e ela sentiu o calor do seu corpo contra o dela. O beijo foi intenso, cheio de desejo e de uma paixão que ela já não sentia há muito tempo. As mãos dele deslizaram pelo seu corpo, e ela deixou-se levar, esquecendo-se de tudo o resto.
Naquela noite, Clara entregou-se completamente a Marco. Cada toque, cada beijo, era uma confirmação do seu desejo, da sua necessidade de se sentir desejada, de se sentir viva. Sabia que estava a trair Pedro, mas naquele momento, não conseguia pensar nisso. Tudo o que importava era o prazer, a sensação de estar a ser devorada por um desejo que não conseguia controlar.
Quando acabou, Clara ficou deitada ao lado de Marco, o coração ainda a bater acelerado. Ele olhou para ela, os olhos cheios de uma mistura de desejo e de algo mais profundo, algo que ela não queria reconhecer. “Sabes que não podemos continuar assim”, disse ele, a voz suave.
Clara sabia que ele tinha razão. Sabia que estava a brincar com fogo, que estava a arriscar tudo o que tinha construído com Pedro. Mas, naquele momento, não conseguia imaginar-se a parar. O desejo era demasiado forte, demasiado real. E, pela primeira vez em muito tempo, sentia-se viva.
Quando voltou para casa, Pedro estava a dormir. Clara deitou-se ao seu lado, o coração pesado de culpa, mas também de uma estranha sensação de paz. Sabia que tinha feito algo errado, mas também sabia que, naquele momento, não conseguia arrepender-se. O desejo pelo seu lado feminino, pela sua essência mais profunda, tinha-a levado a trair. E, por mais que tentasse, não conseguia compreender os motivos. Tudo o que sabia era que, naquela noite, tinha sido ela mesma. E isso, por mais errado que fosse, era algo que não conseguia negar.