Como uma Esposa Exemplar se Tornou o Alvo do Filho da Patroa (Parte 1)
A luz suave do candeeiro de mesa iluminava o rosto de Sofia, enquanto ela organizava os papéis sobre a secretária. Era uma mulher meticulosa, dedicada, a esposa exemplar que todos admiravam. O marido, Pedro, estava em viagem de negócios, e ela aproveitava a noite para adiantar o trabalho que trouxera para casa. O silêncio do apartamento era interrompido apenas pelo tique-taque do relógio de parede.
Quando a campainha tocou, Sofia ergueu os olhos, surpresa. Eram quase dez da noite. Abriu a porta e deparou-se com Ricardo, o filho da sua patroa, um jovem de vinte e poucos anos, alto, de olhos verdes penetrantes e um sorriso que parecia esconder segredos.
“Boa noite, Sofia”, cumprimentou ele, com uma voz suave que fez um arrepio percorrer-lhe a espinha. “A minha mãe pediu-me para trazer-te estes documentos. Disse que são urgentes.”
Sofia franziu a testa, mas fez um gesto para ele entrar. “Obrigada, Ricardo. Não precisavas de te incomodar a esta hora.”
Ele encolheu os ombros, entrando no apartamento com uma naturalidade que a deixou ligeiramente desconfortável. “Não foi incómodo nenhum. Aliás, estava a passar por aqui.”
Sofia levou-o até à sala, onde ele se sentou no sofá, enquanto ela folheava os papéis. O silêncio que se seguiu era denso, carregado de uma tensão que ela não conseguia explicar. Quando ergueu os olhos, encontrou o olhar dele fixo nela, intenso, quase desafiador.
“Está tudo bem, Sofia?”, perguntou ele, inclinando-se para a frente, os cotovelos apoiados nos joelhos.
Ela sentiu um calor subir-lhe às faces. “Sim, claro. Porquê?”
Ele sorriu, lentamente, como se estivesse a saborear cada momento. “É que pareces… tensa. Talvez precises de relaxar um pouco.”
Sofia riu-se, nervosa. “Estou bem, Ricardo. Obrigada pela preocupação.”
Ele levantou-se, aproximando-se dela com passos lentos, deliberados. Sofia sentiu o coração acelerar, as mãos a tremer ligeiramente. Quando ele parou a poucos centímetros dela, ela sentiu o cheiro do seu perfume, uma mistura de madeira e algo mais, algo que a fez sentir tonturas.
“Sofia”, sussurrou ele, a voz rouca, “sabes que sempre te admirei, não sabes?”
Ela abriu a boca para responder, mas as palavras morreram-lhe na garganta. Ele levantou uma mão, passando os dedos pelo seu cabelo, num gesto que era ao mesmo tempo carinhoso e possessivo.
“Ricardo…”, começou ela, mas ele interrompeu-a, aproximando o rosto do dela.
“Não digas nada”, murmurou ele, os lábios quase a tocar os seus. “Deixa-me cuidar de ti.”
E, antes que ela pudesse reagir, os lábios dele encontraram os seus, num beijo que era ao mesmo tempo suave e ardente. Sofia sentiu o corpo a ceder, as pernas a fraquejar. Ele envolveu-a nos braços, puxando-a para mais perto, e ela sentiu o calor do seu corpo contra o dela, a pressão da sua mão nas suas costas.
Quando ele finalmente a soltou, ambos estavam a respirar com dificuldade. Ricardo olhou-a nos olhos, com um brilho que a fez sentir-se exposta, vulnerável.
“Esta noite vai ser especial, Sofia”, prometeu ele, a voz carregada de intenção. “Vais ver.”
E, antes que ela pudesse pensar, ele levou-a pela mão, conduzindo-a para o quarto, onde a noite apenas começava.