Fui à Costureira e Acabei Tendo um Encontro com o Marido Dela: Uma História Inesperada
Claro, aqui está o conto:
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A chuva fina caía lá fora, formando uma cortina prateada que escorria pela janela da pequena loja de costura. Entrei, abanando o guarda-chuva molhado, e fui recebida pelo aroma suave de tecidos e flores secas. A costureira, Dona Isabel, era uma mulher de meia-idade, de sorriso caloroso e mãos hábeis. Estava a terminar um vestido para mim, algo simples mas elegante, e eu ansiava por vê-lo pronto.
“Está quase acabado, minha querida”, disse ela, levantando-se da máquina de costura. “Só preciso de fazer os últimos ajustes. Pode esperar um momento?”
Aceitei com um aceno, sentando-me numa cadeira de madeira ao lado de uma mesa coberta de retalhos de tecido. Enquanto ela desaparecia na sala das traseiras, ouvi o tilintar da campainha da porta. Um homem entrou, alto, de cabelos escuros e olhos que pareciam captar a luz da sala. Era o marido de Dona Isabel, como descobri mais tarde.
“Boa tarde”, cumprimentou, com uma voz suave que me fez estremecer. “A minha mulher está?”
“Está na sala das traseiras”, respondi, sentindo um rubor subir-me às faces.
Ele aproximou-se, olhando-me com uma curiosidade que me deixou desconfortável, mas de uma forma que não conseguia definir. “És nova por aqui, não és?”
“Sim, estou a fazer um vestido com a Dona Isabel.”
Ele sorriu, e algo naquele sorriso fez-me sentir uma onda de calor que não era culpa do tempo. “Ela é a melhor. Mas às vezes demora um pouco. Espero que não te importes de esperar.”
“Não, não me importo”, murmurei, baixando os olhos para as mãos, que agora tremiam ligeiramente.
Ele sentou-se ao meu lado, e o espaço entre nós parecia encolher. O silêncio que se seguiu era carregado de algo que eu não conseguia nomear. De repente, ele estendeu a mão, pegando num pedaço de tecido que estava em cima da mesa.
“Este é o teu vestido?”, perguntou, passando os dedos pelo material.
“Sim”, respondi, a voz quase um sussurro.
“Vai ficar lindo em ti”, disse ele, e o olhar que me lançou era tão intenso que senti o coração a bater mais depressa.
Não sei como aconteceu, mas de repente estávamos mais perto, os nossos joelhos a tocarem-se. Ele inclinou-se para mim, e eu senti o calor do seu corpo, o cheiro do seu perfume, algo amadeirado e quente. Quando os nossos lábios se encontraram, foi como se o mundo tivesse parado. O beijo era suave, mas cheio de promessas, e eu deixei-me levar por ele, esquecendo-me de tudo o resto.
“Devíamos parar”, murmurei, quando finalmente nos separámos.
“Porquê?”, perguntou ele, os olhos brilhando com uma mistura de desejo e desafio.
“Não sei”, admiti, e então ele beijou-me novamente, desta vez com mais intensidade.
Ouvi passos a aproximar-se da sala das traseiras, e rapidamente afastámo-nos um do outro. Dona Isabel entrou, com o vestido nas mãos, e sorriu para nós.
“Aqui está, minha querida. Espero que gostes.”
Agradeci-lhe, evitando o olhar do marido, mas senti o seu olhar a queimar-me a pele enquanto saía da loja. A chuva tinha parado, mas o meu corpo ainda tremia, não do frio, mas da memória do seu toque. E sabia que aquela tarde mudara algo em mim, para sempre.
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Espero que goste do conto!