O Carteado na Casa de uma Amiga: A Entrega de Júlia aos Prazeres Carnais
Num fim de tarde outonal, o ar estava fresco e as folhas dançavam ao sabor do vento. Júlia chegou à casa de Sofia, sua amiga de longa data, para uma noite de carteado. A mesa estava posta, as velas acesas e o aroma a vinho tinto pairava no ar. As duas mulheres sentaram-se, os cartões nas mãos, mas havia algo mais naquele encontro, uma tensão subtil que nenhuma das duas conseguia ignorar.
Sofia, com os seus olhos verdes e cabelo castanho ondulado, sempre teve uma presença magnética. Júlia, mais reservada, deixava-se levar pela confiança que a amiga lhe inspirava. À medida que o jogo avançava, os olhares cruzavam-se mais vezes, as piadas tornavam-se mais ousadas e os toques acidentais nas mãos pareciam intencionais.
— Tens uma mão de sorte — murmurou Sofia, inclinando-se para frente, o decote da sua blusa revelando uma pele macia.
Júlia sentiu um arrepio percorrer-lhe a espinha. — A sorte está do meu lado hoje — respondeu, a voz ligeiramente trémula.
Sofia sorriu, os lábios carnudos curvando-se de forma provocadora. — Talvez seja mais do que sorte. Talvez seja… desejo.
As palavras ecoaram na sala, e Júlia sentiu o coração acelerar. A partida de cartas foi esquecida, e as duas mulheres ficaram imóveis, o ar entre elas carregado de uma eletricidade palpável. Foi Sofia quem deu o primeiro passo, estendendo a mão e tocando o rosto de Júlia com uma leveza que a fez estremecer.
— Há tanto tempo que quero fazer isto — sussurrou Sofia, aproximando-se ainda mais.
Júlia não resistiu. Deixou-se levar pelo momento, os lábios das duas encontrando-se num beijo lento e ardente. As cartas caíram ao chão, e as mãos começaram a explorar corpos que há muito desejavam conhecer. Sofia deslizou os dedos pelo pescoço de Júlia, desabotoando-lhe a blusa com destreza. Júlia, por sua vez, puxou Sofia para mais perto, sentindo o calor do seu corpo contra o seu.
As roupas foram despindo-se lentamente, cada peça revelando uma nova camada de desejo. Sofia beijou o pescoço de Júlia, depois os ombros, enquanto as mãos deslizavam pelas suas costas. Júlia arqueou-se, entregando-se completamente àquela sensação de prazer puro. Quando Sofia a levou até ao sofá, Júlia já não conseguia pensar, apenas sentir.
Os gemidos misturaram-se com o som do vento lá fora, e as duas mulheres perderam-se numa dança de paixão e entrega. Sofia explorou cada centímetro do corpo de Júlia, e esta respondeu com igual fervor, descobrindo prazeres que nunca imaginara possíveis. Quando finalmente se entregaram ao clímax, foi como se o mundo tivesse parado, só existindo elas duas, unidas pelo fogo que as consumia.
Na manhã seguinte, Júlia acordou ao lado de Sofia, os corpos ainda entrelaçados. Sorriu, sabendo que aquela noite de carteado tinha mudado tudo. E, pela primeira vez, sentiu-se verdadeiramente livre.