O Veneno da Prostituição: Experiências, Prazeres e Consequências Reveladas
A noite caía sobre Lisboa como um manto sedoso, e as luzes da cidade dançavam nas águas do Tejo. No bairro da Mouraria, onde as sombras se entrelaçavam com os segredos, Sofia caminhava com passos firmes, o salto alto ecoando nas calçadas estreitas. O vestido vermelho, justo e curto, destacava as curvas do seu corpo, um convite que ela sabia ser irresistível. A prostituição não era uma escolha, mas sim uma necessidade, um veneno que a consumia lentamente, mas que também lhe trazia prazeres inesperados.
Naquela noite, o destino cruzou o seu caminho com o de Miguel, um homem de olhar intenso e sorriso enigmático. Ele a abordou com uma confiança que a fez hesitar por um instante. “Quanto?”, perguntou ele, os olhos percorrendo o seu corpo como se já o conhecesse intimamente. Sofia respondeu com um valor que ele aceitou sem hesitar, e juntos seguiram para um pequeno apartamento nas redondezas.
O quarto era simples, mas o ar estava carregado de uma tensão que Sofia reconhecia bem. Miguel não a tratou como os outros clientes. Ele a observava, como se quisesse decifrar cada pensamento que passava pela sua mente. Quando as mãos dele tocaram a sua pele, foi como se um fogo se acendesse dentro dela. Ele a beijou com uma intensidade que a fez esquecer, por um momento, o mundo lá fora.
As roupas caíram, e os corpos se entrelaçaram numa dança de desejo e entrega. Miguel explorou cada centímetro do seu corpo com uma paciência que Sofia nunca tinha experimentado. Ele a fez sentir coisas que ela pensava ter esquecido, prazeres que a prostituição tinha enterrado sob camadas de indiferença. Mas, ao mesmo tempo, havia algo mais, algo que a assustava. Era como se ele a conhecesse melhor do que ela mesma, como se soubesse exatamente onde tocar para despertar não só o seu corpo, mas também a sua alma.
Quando tudo acabou, Sofia sentiu-se vazia e cheia ao mesmo tempo. Miguel olhou para ela, os olhos carregados de uma mistura de compaixão e desejo. “Você não pertence a este mundo”, disse ele, a voz suave mas firme. Sofia não respondeu, mas sabia que ele tinha razão. A prostituição era o seu veneno, mas também o seu refúgio. Era o que a mantinha viva, mas também o que a estava a matar lentamente.
Naquela noite, Sofia percebeu que o prazer e a dor estavam intrinsecamente ligados, e que as consequências das suas escolhas eram inevitáveis. Mas, por um momento, ela tinha sentido algo mais, algo que a fez questionar se ainda havia esperança para ela. E, enquanto caminhava de volta para as sombras da Mouraria, sabia que aquela noite mudaria algo dentro dela, para sempre.