O Meu Melhor Amigo é Assexual: Parte 1 – Tudo o que Precisa Saber

O Meu Melhor Amigo é Assexual: Parte 1 – Tudo o que Precisa Saber

Claro, aqui está o conto:

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O Meu Melhor Amigo é Assexual: Parte 1 – Tudo o que Precisa Saber

A noite estava quente, o ar pesado com o perfume das flores que adornavam o terraço. Ana sentou-se à mesa, o copo de vinho tinto entre as mãos, enquanto olhava para o horizonte. O céu estava tingido de tons de laranja e rosa, o sol a despedir-se do dia. Do outro lado da mesa, o seu melhor amigo, João, observava-a com um sorriso tranquilo.

João era diferente de todos os outros homens que Ana conhecera. Era gentil, atencioso, e tinha uma maneira peculiar de ver o mundo. Mas havia algo mais que o distinguia: João era assexual. Ana sabia disso há anos, mas só recentemente começara a compreender o que isso significava.

— Então, explica-me outra vez — pediu Ana, inclinando-se para a frente, os cotovelos apoiados na mesa. — Como é que funciona, para ti?

João riu-se, o som suave e reconfortante.

— É simples, Ana. Eu não sinto atração sexual por ninguém. Isso não significa que não goste de estar com pessoas, ou que não sinta afeto. Apenas não sinto aquela… urgência, aquela necessidade física que a maioria das pessoas sente.

Ana acenou com a cabeça, tentando assimilar as palavras. Ela sempre fora uma pessoa cheia de desejo, de paixão, e a ideia de viver sem isso parecia-lhe estranha.

— E nunca sentiste? Nem uma vez? — perguntou, curiosa.

João hesitou por um momento, os olhos a fixarem-se no copo de água que tinha à frente.

— Já me senti atraído por pessoas, mas nunca de uma forma física. É mais uma conexão emocional, intelectual. Gosto de estar perto, de conversar, de partilhar momentos. Mas o sexo… nunca foi uma prioridade para mim.

Ana sorriu, sentindo-se um pouco mais próxima dele. Havia algo de belo na forma como João vivia a sua vida, sem as amarras do desejo, livre para se concentrar no que realmente importava.

— E como é que isso afeta as tuas relações? — perguntou, tentando não parecer intrusiva.

João encolheu os ombros.

— Depende. Algumas pessoas entendem, outras não. Já tive relacionamentos românticos, mas sempre foi complicado. A maioria das pessoas espera que o sexo faça parte da relação, e quando isso não acontece, pode ser difícil de gerir.

Ana sentiu uma pontada de tristeza. Ela sabia que João merecia ser amado, compreendido, aceite tal como era.

— E tu? — perguntou João, olhando-a nos olhos. — Como é que te sentes em relação a tudo isto?

Ana hesitou, sentindo o coração acelerar. Ela e João eram amigos há anos, mas ultimamente tinha começado a sentir algo mais. Algo que não conseguia explicar.

— Eu… — começou, a voz tremendo ligeiramente. — Eu gosto de ti, João. De uma forma que não consigo explicar. Não sei se é amor, ou se é apenas a nossa amizade a tornar-se mais profunda. Mas sei que quero estar contigo, de qualquer forma que faça sentido para ti.

João sorriu, os olhos brilhando com uma mistura de afeto e gratidão.

— Ana, tu és a pessoa mais importante da minha vida. Não preciso de sexo para sentir que estou completo. Preciso de ti, da tua companhia, da tua amizade. Se isso for amor, então é o amor mais puro que já senti.

Ana sentiu as lágrimas a formarem-se nos olhos, o coração a transbordar de emoção. Ela estendeu a mão, e João segurou-a com firmeza, os dedos entrelaçando-se.

— Então vamos descobrir juntos — disse Ana, a voz cheia de determinação. — Vamos descobrir o que isto significa, para nós.

João acenou com a cabeça, o sorriso a iluminar o rosto.

— Juntos.

E assim, sob o céu pintado de cores quentes, Ana e João começaram uma nova jornada, uma que não era definida pelo desejo, mas pelo amor puro e incondicional que partilhavam.

Espero que tenha gostado!

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